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Como implementar o princípio 80/20 em nosso dia a dia

Quando escrevi aqui no blog sobre a importância do princípio 80/20, que basicamente diz que a natureza não carrega linearidade entre esforço o resultado, muita gente foi despertada por esse conceito.

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Após o espanto, alguns amigos começaram a se questionar sobre o que realmente traz resultado em suas vidas. Geralmente, observar o que nos traz mais resultado não é difícil. A maior complexidade é entender o que não traz resultado, pois se existe essa clareza, é possível eliminar ou reduzir ao máximo essas atividades e ampliar o leque de coisas que trazem maior desempenho.

Pensando nisso, trago algumas provocações de Richard Koch, presentes no livro “O Princípio 80/20”. Segundo o autor existem algumas atividades que representam um péssimo uso do tempo, enquanto que outras valorizam cada minuto do nosso dia. Vejamos!

Os dez piores usos do tempo

  • Aquilo que as outras pessoas querem que você faça
  • Aquilo que sempre foi feito dessa maneira
  • Aquilo que geralmente você não faz muito bem
  • Aquilo que você não se diverte fazendo
  • Aquilo que sempre sofre interrupção
  • Aquilo em que poucas pessoas estão interessadas
  • Aquilo que já tomou duas vezes mais tempo do que você originalmente imaginava
  • Aquilo em que seus colaboradores não são confiáveis ou fazem com baixa qualidade
  • Aquilo que tem um ciclo previsível
  • Atender o telefone

Agora que você já tem elementos suficientes para avaliar onde você pode estar desperdiçando seu tempo, reflita sobre boas maneiras de usar melhor o tempo:

Os dez melhores usos do tempo

  • Aquilo que estimula seu principal propósito na vida
  • Aquilo que você sempre quis fazer
  • Aquilo que já está dentro da relação de tempo 80/20 em resultados
  • Atividades inovadoras que prometem reduzir o tempo de execução e/ou aumentar a qualidade dos resultados
  • Aquilo que as pessoas lhe disseram que não pode ser feito
  • Aquilo que outras pessoas realizaram com sucesso em outra área
  • Aquilo que usa a sua própria criatividade
  • Aquilo que outras pessoas podem fazer por você com relativamente pouco esforço da sua parte
  • Qualquer projeto com colaboradores de alta qualidade que já quebraram a regra 80/20 e que usam o tempo de maneira excêntrica e eficaz
  • Aquilo que tem que acontecer agora ou nunca

Para transformar essas reflexões em ação, sugiro pegar uma folha de papel e lápis e escreva em um verso da folha situações de bom uso do seu tempo. Do outro lado, escreva momentos que você não usa bem o tempo. Após ter essa lista, comece a trabalhar semanalmente em reforçar situações de bom uso de tempo, bem como de cortar a cada semana algum uso inadequado. Se você manter consistência nesse processo, de a cada semana trabalhar um bom uso do tempo com um mal uso, rapidamente verá resultados.

O novo negócio do Peixe Urbano

O ano de 2010 pode parecer muito distante, mas não faz tanto tempo assim que a febre das compras coletivas surgiu. Em um movimento liderado pelo Grupon nos Estados Unidos, startups nos quatro cantos do mundo apareceram com a intenção de revolucionar o consumo e a maneira de fazer marketing. O Brasil aderiu à onda, inicialmente com o Peixe Urbano, mas o cardume ganhou rapidamente forma e mais de 2000 sites de compras coletivas chegaram a coexistir em nosso mercado.

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Para funcionar, o negócio de compra coletiva exigia pesados descontos dos seus “parceiros” comerciais, que muitas vezes superava 50%. Depois de vendido o cupom, a plataforma de compra coletiva ficava com mais 50% do valor do ticket. Ou seja, os estabelecimentos ficavam com no máximo ¼ do preço normal de um produto ou serviço. Para piorar, a experiência gerada por cupons não era a melhor na maioria dos casos. Os clientes tinham que esperar uma quantidade mínima de vendas para ter acesso ao que comprou, muitos estabelecimentos separavam os clientes oriundos dos cupons dos clientes tradicionais, o que gerava sentimento de exclusão e preconceito. Logo, todo esse esforço para gerar experimentação e conquistar um novo cliente não servia para quase nada.

Ainda que o negócio de compra coletiva apresentava fraquezas claras em seu modelo de negócios, o Grupon conseguiu levantar US$700 milhões em seu IPO, o que o fez ser avaliado em US$ 12,4 bilhões. Mas não demorou para esse castelo de cartas começar a ruir. A competição cresceu em todos os mercados, fazendo com que os sites de compras coletivas gastassem muito mais do que o planejado em marketing para atrair clientes. Os estabelecimentos, por sua vez, perceberam que faziam parte de uma parceria que só um lado ganhava, e que não era o lado deles. Os clientes, do seu lado, passaram a questionar se valia a pena pagar mais barato para ter um serviço muitas vezes infinitamente inferior. Com isso, todo frisson ao redor dos sites de compras coletivas foi passando.

No Brasil, a grande maioria dos sites de compras coletivas fechou e restaram apenas os grandes. Em 2014, o pioneiro Peixe Urbano foi adquirido pelo gigante de internet chinês Baidu. Muita gente questionou na época o porque os chineses estavam interessados no Peixe Urbano além de sua base de 20 milhões de clientes.

Passado um ano da aquisição do Peixe Urbano pelos chineses, a startup brasileira dá sinais de vigor com uma mudança sutil, porém decisiva, do seu modelo de negócios. Hoje o foco do Peixe Urbano continua sendo promoções, porém o seu negócio está muito mais orientado ao seu aplicativo, que apresenta ofertas de acordo com a localização do seu usuário. São ofertas com descontos menores, que não sufoca os estabelecimentos e que podem ser usadas, normalmente, imediatamente após a compra.

Acabou o antigo modelo de apertar restaurantes e clínicas de um lado e oferecer um serviço ruim para o consumidor. Com esse modelo, o Peixe Urbano consegue apresentar um mapa de consumo dentro de cada município em que está presente, com as ofertas de acordo com o desejo do seu usuário. Para os estabelecimentos, o Peixe Urbano deixou de ser uma ferramenta de marketing pouco efetiva e transformou-se em um canal de venda. Basicamente o Peixe Urbano virou uma plataforma de e-commerce, cujo foco principal é a venda de serviços.

Com a mudança de posicionamento, o Peixe Urbano passou fazer transações em mercados que sites de avaliações de estabelecimentos e de reservas de mesas não conseguiram concluir com grande maestria. Por outro lado, essa mudança de paradigma traz novos concorrentes. Toda empresa que possui experiência em vendas mobile ou ainda que utilizam a geolocalização como plataforma de negócio pode querer pescar no aquário do Peixe Urbano. Será curiosa a disputa por esse mercado daqui a diante.

Os erros mais comuns ao se fazer networking

Já escrevi aqui no blog sobre os segredos de se fazer um bom networking. Um ponto que vale ampliar a discussão é sobre os erros mais comuns que cometemos ao buscar desenvolver relacionamentos-chave. Veja quais destes equívocos você pratica:

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  1. Começar uma conversa falando de negócio: Ainda que você esteja em um contexto profissional, evite iniciar um assunto com alguém perguntando o que ela faz, ou qual empresa ela trabalha. Interesse primeiro pela pessoa, depois entre em questões profissionais. Uma boa maneira de “quebrar o gelo” é perguntar de onde a pessoa é, ou ainda como está sendo a semana dela.
  1. Pedir um cartão de visitas logo de cara: De novo o foco tem que ser primeiro na pessoa, depois no emprego dela. Quando a gente logo já pede um cartão de visitas, evidencia o quanto estamos ávidos para se fazer negócios. Depois de uma conversa, ainda que breve, no tom pessoal, ofereça primeiro o seu cartão de visitas. É bem provável que a pessoa automaticamente já ofereça o dela. Caso a pessoa não faça isso, peça o cartão dizendo que você gostaria de manter contato com ela.
  1. Não fazer follow up: É muito comum conhecermos pessoas, sobretudo em eventos e feiras, guardar dezenas de cartões e nunca mais falarmos com essa pessoa, ainda que ela seja importante para nosso negócio. Após o encontro adicione essas pessoas no LinkedIn e ainda escreva um e-mail agradecendo o contato.
  1. Não manter relacionamento: Mais difícil do que conhecer pessoas, é manter relacionamento com elas. Dado que é difícil se relacionar com proximidade com muita gente, o segredo é identificar o quanto um contato pode ser relevante para nossos objetivos. Classifique-os em três níveis: A, B e C. O contato A é altamente relevante, o contato B é de média relevância e o contato C é de baixa relevância.. Para os contatos de nível A, busque marcar uma reunião o mais breve com o intuito de ajudar essa pessoa. Para os contatos de nível B, proponha também um encontro. Já os contatos de nível C, agradeça o contato e coloque-se à disposição em ajudar essa pessoa. Para os contatos de nível A, busque manter contato mensal, já os contatos de nível B, procure um encontro ao menos a cada 3 meses.
  1. Esperar algo em troca: O segredo de ser um bom networker é saber ajudar as pessoas. Quando focamos em ajudar os outros, construímos reputação e capital social e naturalmente seremos ajudados. O segredo para não escorregar nesse conceito é ajudar alguém não esperando nada em troca. Não se trata de uma transação, em que você ajuda e de imediato essa pessoa retribui. Ajude sem cobrar nada, pois naturalmente você receberá muita coisa, provavelmente até de outra pessoa.
  1. Não cumprir combinados: A base do networking é a confiança. Como confiar em alguém que nunca cumpre o combinado? Portanto, tenha muito cuidado com os combinados que você estabelece, pois uma vez prometido, vai ser fundamental você cumprir.
  1. Ausência de uma marca pessoal: Quando alguém fala do seu nome, qual a primeira coisa que ela o associa? Isso é a sua marca pessoal. Se queremos ser bons em networking, precisamos ter uma marca pessoal bem consolidada, pois imagine um monte de gente o conhecer, mas não o associar ao assunto profissional que deseja.
  1. Não ter objetivos: Um erro bem comum de quem busca ativamente fazer networking é não ter um objetivo claro. O profissional até possui consciência que precisa ampliar sua rede de relacionamentos, mas não sabe quem conhecer. O primeiro passo aqui é ter clareza das suas necessidades. Uma vez feito isso, pense nas pessoas que podem te ajudar alcançar esses objetivos e busque conhece-las.
  1. Deixar de buscar ajuda: Outro erro frequente de quem exercita o networking é tentar conhecer pessoas sozinho, sem ajuda de terceiros. Quer acessar um contato importante? Não deixe de pedir ajuda para algum amigo que conhece essa pessoa. Certamente essa aproximação se dará de maneira mais forte.

Fazer networking exige bastante dedicação, disciplina e muita atenção, pois trata-se de fortalecer relações humanas. Portanto, é natural cometermos alguns deslizes. O importante é se dedicar e saber que cada evolução nesse processo nos ajuda a construir relações mais fortes e negócios mais duradouros.

No próximo texto vou falar sobre os grupos de networking que existem atualmente no Brasil.

7 maneiras de focarmos mais no presente

Recentemente escrevi aqui sobre a importância de focarmos sempre no presente. No texto, falo sobre o quanto que vivermos no momento atual nos traz plenitude, produtividade e aumenta a chance de deixarmos as pessoas ao nosso redor mais felizes.

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Ainda que os benefícios de uma vida calcada no agora são claros, praticar esse hábito é bastante difícil. Sendo assim, elaborei uma lista de pequenas atitudes que podem ser úteis para a prática de uma vida mais plena:

  1. Mapeie as distrações: O que te faz não prestar atenção em uma conversa? O pensamento em uma outra atividade? O celular com as redes sociais ou e-mail que captura sua atenção? Toda vez que você perceber que escapou do presente, avalie o que te tirou daquele momento e nomeie as distrações. Com essa lista em mãos, fica mais fácil você atuar de maneira preventiva.
  1. Foque em uma tarefa por vez: Se você tem o hábito de fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, chegou a hora de você focar. Estabeleça o critério de focar em uma tarefa e só passar para outra quando ela estiver terminada. Isso ajuda você fortalecer a concentração.
  1. Preste atenção nas suas rotinas: Quer viver bem o presente? Preste atenção nas suas rotinas corriqueiras do dia a dia, como lavar as mãos, amarrar os sapatos, trocar a marcha do carro, entre outros. Se você foca nas pequenas coisas, amplia sua capacidade de estar no agora e quando estiver com alguém, ficará mais fácil fazer o mesmo.
  1. Evite compartilhar tudo: Você precisa controlar sua ansiedade de querer compartilhar todos os momentos, sobretudo nas redes sociais. Está vivendo algo incrível? Curta e deixe para depois o compartilhamento de uma foto no Instagram, um comentário no Facebook ou um check-in no Swarm. Fazer isso não é fácil, mas que tal estabelecer que você só compartilha algo 30 minutos depois de viver uma grande experiência?
  1. Pratique a escuta empática: Está conversando com alguém? Procure ouvi-la com atenção e tente se colocar no lugar dela com o objetivo de fazer com que essa pessoa se sinta importante. Que tal contabilizar quantos sorrisos você conquista em uma conversa com o outro?
  1. Respire: A técnica mais poderosa para nos manter no presente é observar nossa respiração. A respiração é sempre no presente, portanto, ao tomar consciência dela você se conecta com o agora, entende melhor seu corpo e ganha mais plenitude.
  1. Planeje o futuro: Viver no presente não significa deixar de planejar o futuro. Temos necessidade de pensar como vamos alcançar nossos sonhos, portanto, nada mais justo do que tirar alguns momentos para pensarmos no amanhã. Quando planejamos esse pensamento futuro, ele não vai nos sabotar no presente.

Estou seguro que focar no presente traz inúmeros ganhos e que existem diferentes formas para alcançarmos esse desenvolvimento. Escrevi aqui alguns caminhos que podem nos ajudar a ter uma vida mais focada. Se você utiliza outros métodos, compartilhe com a gente!

Saídas para não fomentarmos a crise

As projeções menos pessimistas apontam que a economia brasileira vai encolher 3% em 2015. A taxa de desemprego já está próxima de 9%. A inflação disparou e bateu 9%. Não são apenas os indicadores econômicos que estão ruins. A crise é real, afeta nosso dia a dia e está por todo lado: na conversa do botequim, na reclamação insistente do nosso melhor cliente e sobretudo na mídia. Por onde vamos, a crise está presente.

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E quem dera fosse apenas uma crise econômica. Temos a crise política, com novos escândalos de corrupção brotando a todo instante nas três esferas do poder. A degradação dos valores morais da nossa classe política parece não ter limites. Diante de tantos infortúnios, paira sobre o Brasil uma atmosfera densa e obscura, que traz diferentes dificuldades, seja para o empreendedor, empresário, o trabalhador assalariado ou o alto executivo.

O grande segredo para passar por todas essas turbulências, sobreviver e até crescer é cuidar da maneira como vemos todas essas crises. Trata-se, de modo bem objetivo, de escolher a lente que vamos usar para olhar para toda essa bagunça que o Brasil se meteu. Se escolhermos a lente do pessimismo, vamos sofrer com cada declaração da nossa presidente, com a constante desvalorização do dólar ou com as demissões que chegam cada vez mais perto da gente. Por outro lado, a lente da construção nos permite enxergar que existe muito trabalho a ser feito, como ganho de eficiência, aprimoramento profissional e descoberta do desconhecido.

A grande dificuldade em encontrar oportunidades em momentos como esse é que o assunto crise é dominante. Ele está na mídia o tempo todo. No noticiário diário, ele domina mais de 50% da pauta jornalística. Em 2015, pelo menos 2/3 das capas das principais revistas semanais, bem como das revistas de negócios, falavam de crise. Todo dia sai um novo indicador econômico que sofreu uma grande queda absurda. Pergunta: pra quê acompanhar todo esse tipo de notícia negativa? O que esse conteúdo faz para melhorar o seu dia? Nada!

Não se trata de negar a realidade, mas em situações em que temos um grande problema, a solução geralmente não passa em ficarmos olhando obstinadamente para o problema. É necessário expandir a visão para encontrar possibilidades.

Na crise é mais fácil se diferenciar, pois em momentos difíceis as pessoas tendem a agir de maneira muito defensiva, portanto, todo mundo fica muito parecido. Atualmente está todo mundo reclamando de alguma coisa ou de muitas coisas. Quer ser diferente? Seja uma pessoa positiva na essência e veja as possibilidades que estão surgindo atualmente. Ainda que elas são talvez menores e menos visíveis, as oportunidades estão aí. Se você agir assim, você vai conquistar mais gente e a crise vai passar longe de você.

Veja alguns exemplos: entre janeiro e setembro deste ano, as salas de cinema tiveram um crescimento de público de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Muita gente optou pelo cinema esse ano como opção de lazer, em relação a outras formas de diversão mais caras. Ainda que muitos bares e restaurantes estão tendo queda de faturamento em São Paulo, existem algumas ilhas sem crise por aqui. Pontos tradicionais da cidade como o Spot, Figueira Rubaiyat e Fasano continuam com a clientela cativa e as filas não param. O recém inaugurado Eataly recebe 3.500 pessoas diariamente, número que dobra nos finais de semana. Para esse pessoal não tem crise.

E a justificativa não pode ser apenas que estes estabelecimentos são voltados para um público endinheirado, menos sensível à crise. Existe oportunidade para todo mundo. Em momentos de tensão, as pessoas procuram produtos de autoindulgência, que as fazem se sentir bem diante de alguns cortes no orçamento. Produtos para beleza, chocolates e doces, a compra de uma peça de roupa ou pequenos mimos não vão sair do dia a dia dos consumidores tão cedo e pelo contrário, tendem a ter suas vendas aumentadas.

O grande segredo para superar as crises política e econômica que o país atravessa é deixa-las em segundo plano. Não acompanhe noticiário negativo, não fomente discussões catastróficas e não entre na onda da reclamação. Tudo isso pode parecer meio piegas, mas em momentos de dificuldade temos que agir da maneira mais simples possível. E a simplicidade neste momento está em trabalhar no ganho da eficiência e aumento da produtividade, em entender o quê os seus clientes querem ou o quê o seu chefe precisa para atingir sua meta. Valores que parece que perdemos quando o Brasil esteve em momentos melhores.

Os segredos de se fazer um bom networking

A maioria das decisões de alta complexidade e que envolvem alto valor, como a escolha de um novo fornecedor ou contratação de um funcionário geralmente envolve riscos. Por conta disso, grande parte dessas decisões são pautadas pela indicação pessoal.

Diante desse cenário, cada vez mais pessoas entendem a importância de se desenvolver um bom networking para ser bem sucedido no mundo dos negócios e na carreira. Ainda sim, tem muita gente que confunde o real papel de ter uma boa rede pessoal e nutre preconceitos sobre o que é networking.

Networking

Para muitos, o networking ainda é confundido como uma etapa do processo de vendas. Existe também a ideia de que networking é um bate-papo informal com pessoas estratégicas. Outra confusão bastante corriqueira é pensar que networking consiste em conhecer novas pessoas.

Todas essas confusões fazem algum sentido porque de alguma forma essas ideias orbitam o conceito de se fazer networking, porém não é sua essência. Networking é uma maneira de se estabelecer relações sólidas e que por meio delas surgirão oportunidades, mas não necessariamente diretamente dessas relações.

Uma vez que o conceito de networking está claro, existem quatro ingredientes que são cruciais para construção de uma boa rede de contatos:

  1. Marca pessoal: Consiste em definir pelo o que você gostaria de ser reconhecido. A marca pessoal deve transmitir aquilo que você é capaz de fazer. Sendo assim, você deve trabalhar para ser o primeiro nome que vem à cabeça das pessoas na sua área de atuação. Isso é uma marca pessoal forte.
  2. Credibilidade: Não adianta nada ser lembrado, se você não for confiável. A credibilidade é o que dá sustentação à sua marca pessoal. Em palavras bem simples, é cumprir combinados e saber o que está falando.
  3. Visibilidade: Para sua networking ser fortalecida, você precisa ser conhecido. Para isso, é preciso aparecer, expor seu trabalho e sua empresa. Como você utiliza as redes sociais? Quantos eventos participa por mês? Quais grupos de negócios faz parte? E como andam os eventos sociais?
  4. Capital social: É o elemento mais denso para se construir uma boa rede de contatos. O capital social indica quão profundo você estabelece relações com sua rede. Está muito ligado à sua reputação e como você ajuda as pessoas ao seu redor. Para saber como anda seu capital social, responda a seguinte pergunta: quantas pessoas eu posso ligar às 2h da manhã para discutir um assunto de emergência?

Para quem pretende desenvolver sua rede de contatos, é importante pensar nesses quatro elementos e fazer uma análise real de como você está em cada um deles. Feito o diagnóstico, elabore um plano para melhorar cada um dos itens.

Quem busca ampliar a sua networking, além de focar nos 4 ingredientes acima, é importante possuir um modelo mental que considere alguns conceitos em toda relação com outras pessoas:

  • Quando conhecer alguém, pense sempre primeiro em como ajudar essa pessoa, antes de pedir algo em troca. Mas também não adianta ofertar algo esperando imediatamente uma troca. Trata-se de uma relação que não é transacional. Você ajuda e a troca vem, dessa pessoa ou de outra.
  • Nenhum contato é feito sem correr algum tipo de risco. Portanto, não tenha medo de se aproximar de pessoas que você acha importante. Normalmente, esse medo ocorre, na maioria das vezes, por receio de ser rejeitado. Portanto, cuide desse temor.
  • Tenha atitude positiva e autoconfiança sempre. Pessoas adoram gente com energia positiva e que confiam no que falam e fazem. Como está sua atitude? Cuide dela, pois isso pode ser um grande imã para atrair as pessoas, ainda mais em tempos de crise, em que todo mundo reclama.
  • Manter contato é mais importante e difícil do que fazê-lo. Quem entra no ritmo de fazer networking normalmente esquece de manter os contatos existentes. Cultive suas relações e saiba que isso é trabalhoso.
  • Ajude as pessoas a melhorarem, sempre. Toda vez que interagir com alguém, pense em como tornar essa pessoa melhor com aquela interação.
  • Se interesse pelos outros. Quando conhecer alguém, ouça, busque conhecer a pessoa que está do outro lado. Você será alguém mais interessante se ouvir mais do que falar.

Fazer networking bem feito é uma arte e com disciplina e força de vontade é possível ampliar sensivelmente sua rede de contatos. Para mim, o segredo do networking bem feito é quando ele fica algo natural na nossa vida e que se torna uma atividade automática, como andar de bicicleta ou tomar sorvete.

Pretendo escrever mais sobre como uma boa rede de relacionamentos pode mudar nossas vidas. Existem erros básicos que a maioria das pessoas comentem, assim como diversos grupos e atividades que incrementam nosso networking.

Até breve!

Como os shoppings tem usado a tecnologia para personalizar o atendimento

Em um passado não muito distante, se um empresário fosse abrir uma loja em um shopping, o centro comercial iria passar ao empreendedor o perfil demográfico das pessoas que frequentam o estabelecimento, bem como a renda média das pessoas, a frequência de visitas, o ticket médio entre outros indicadores que são cruciais para se escolher um shopping.

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Com o avanço tecnológico, os shoppings estão aprimorando os seus serviços aos clientes finais e por consequência, para os lojistas. Vejamos alguns exemplos.

Hoje, quando um cliente visita um shopping, é bem provável que esteja disponível para ele um wi-fi gratuito, mediante um cadastro prévio. Quando o cliente acessa o wi-fi do shopping, o estabelecimento consegue monitorar pelo sinal do wi-fi quais são os corredores que o cliente frequentou e mais: é possível conhecer quais páginas esse cliente visitou na internet.

Nos shoppings de São Paulo um dos termos mais buscados são os resultados do placar da rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol. Com esse rastro deixado pelo usuário é possível saber qual time de futebol o cliente torce e enviar uma promoção personalizada do clube dele de alguma loja do centro comercial. O que permite realizar esse tipo de análise são poderosas ferramentas de Big Data, que ainda carecem de muita análise humana para oferecem insights de vendas interessantes para os lojistas.

Além das ferramentas de Big Data, que permitem personalizar promoções e traçar o perfil de consumo e uso do shopping, os centros comerciais também estão investindo em apps mobile, que melhoram sensivelmente os serviços prestados aos clientes.

Atualmente, ao menos 20% dos shoppings da capital paulista possuem aplicativos que permitem pagar o ticket do estacionamento pelo app, realizar reserva de mesa nos restaurantes, traça rotas dentro do shopping, marcar vaga onde o carro foi deixado e ver a programação do cinema. Tudo isso facilita a vida do cliente e ajuda ele ganhar tempo, o que certamente atrai mais gente para o shopping.

Mas os aplicativos mobile podem ir além na melhoria dos serviços prestados ao consumidor, pois ainda existe muita inconveniência em shopping lotado em dia de chuva ou próximo às datas comerciais do varejo. Quem nunca sofreu em ficar bastante tempo procurando uma vaga no estacionamento e não encontrou? Os apps dos shoppings poderiam avisar os clientes sobre a disponibilidade de vagas. Ou um problema ainda mais frequente: praça de alimentação lotada. Se o app do shopping permitisse as pessoas pedirem antecipadamente a comida nos restaurantes, seria possível mapear previamente a demanda e ajudar a distribuir melhor o consumo.

Ainda que existem muitas melhorias a serem realizadas nos shoppings, o primeiro passo já foi dado. Os centros comerciais estão personalizando cada vez mais a experiência dentro dos seus espaços e conhecendo o hábito individual de cada consumidor. Ganha o cliente que conta com um atendimento mais premium e ganha também o lojista, que consegue ofertar promoções mais certeiras, que não são baseadas apenas no perfil sócio-econômico do cliente.

 

 

Como o princípio 80/20 pode mudar nossa vida

No final do século XIX o economista italiano Vilfredo Pareto fez uma descoberta que mudaria a maneira de vermos o mundo. Pareto descobriu, ao analisar os padrões de riqueza e renda da Inglaterra, que 80% da riqueza do país encontrava-se com 20% da população. Com isso, notou-se claramente que existia um desequilíbrio na distribuição de riqueza.

Mas certamente a grande descoberta de Pareto foi que esse padrão de desequilíbrio se repetia constantemente na natureza: 20% dos produtos de uma empresa representavam cerca de 80% das vendas; 20% dos criminosos respondiam por 80% dos delitos e 20% das nossas roupas correspondiam por 80% do uso.10597524384_5106b7d349_z

A grande descoberta de Pareto é que existe um desequilíbrio muito grande na natureza entre causa e efeito. E essa descoberta vai na contramão do que nossa intuição prega. Pensamos que 50% das causas ou esforços representam 50% dos resultados, o que traz uma ideia de equilíbrio, o que na prática não é verdade. E esse desequilíbrio não é necessariamente na relação 80/20. Pode ser 90/10, 60/40 ou qualquer outra relação que dificilmente vai obedecer a proporção 50/50.

Diante da descoberta do princípio 80/20, percebemos que grande parte dos nossos esforços trazem poucos resultados e uma pequena parcela corresponde pela maior parte do bom desempenho. Portanto, para se livrar do pensamento linear, que diz que quanto mais trabalho, mais resultado, é preciso ir na contramão da sociedade.

Sendo assim, o primeiro passo é pensar diferente da maioria, que atua no pensamento linear. Ler os mesmo livros que todo mundo está lendo, fazer a mesma pós-graduação que todo mundo da empresa faz, trabalhar 12 horas por dia na espera de uma promoção não irá levá-lo muito longe.

Uma vez disposto a romper o pensamento linear de causa de efeito, é hora de analisar profundamente o que realmente traz resultado em nossas vidas, seja no campo profissional ou pessoal. Essa definição de resultado pode e deve ser subjetiva. O que é resultado para mim? Saber essa resposta e identificar o que gera esses resultados é fundamental para evoluir no assunto.

Uma vez identificado o que traz resultado, o trabalho é focar nessas atividades e buscar atalhos para fazê-las com o menor esforço possível. Devemos focar em poucas coisas na nossa vida e terceirizar o restante. Só assim é possível trazer resultado com o princípio 80/20. Destaco que abrir mão de coisas que sempre fizemos na crença de que aquilo era importante para gente, não é tarefa fácil. Talvez esteja aí a maior dificuldade de implementar o princípio 80/20 em nossas vidas.

O curioso é que o desequilíbrio apresentado pelo princípio 80/20 se aplica praticamente em todos os campos da vida: nos ganhos dos investimentos financeiros que fazemos, em nossa profissão e até no prazer que obtemos das relações interpessoais, o que pode servir de estímulo para sua aplicação. Por outro lado, ignorar esse princípio pode consumir nosso recurso mais precioso: o tempo.

Caso queira aprofundar mais esse conceito, existe um livro que recomendo e que foi a base para escrever esse post: “O princípio 80/20” de Richard Koch, que foi uma das leituras mais importantes que fiz em 2015.

Porque devemos focar sempre no presente

Você já reparou quanto tempo gastamos fazendo planos ou pensando como será a nossa hora seguinte? Ou ainda, quanto tempo investimos revivendo o passado? Em geral, existem pessoas mais voltadas para o futuro e outras mais ligadas ao passado. Mas poucas são as pessoas que vivem o presente com plenitude.Unknown

Quando nos atentamos com o passado, ele nos conecta com nossa identidade e história de vida. Isso traz bastante sentido para o presente. Já o futuro guarda nossos sonhos, esperanças e até incertezas. Mas é o presente que nos permite ter uma vida com mais significado.

No livro “Bilionários”, de Ricardo Geromel, o autor entrevistou os principais bilionários do mundo e buscou encontrar traços de personalidade em comum dessas pessoas. Uma grande descoberta foi que de Carlos Slin a Abílio Diniz, todos esses empresários possuem uma capacidade imensa de estar 100% focados no presente.

Quando estamos concentrados apenas no momento atual, conseguimos nos diferenciar da maioria das outras pessoas e coisas incríveis acontecem em nossas vidas. Primeiro, caso estejamos com outra pessoa, iremos fazer com que ela se sinta especial. Com o foco no presente, escutamos melhor e praticamos empatia, o que enriquece essa interação pessoal.

A segunda importância de estarmos 100% no presente é autoconhecimento. Como anda suas emoções? E o seu corpo, o que ele está sentido? Como está a sua respiração? São elementos que ignoramos constantemente no dia a dia, mas que diz muito sobre nosso preparo para enfrentarmos os desafios e trazer mais felicidade.

A terceira vantagem de estarmos no presente diz respeito à nossa eficiência em fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Diferentes linhas de pesquisas científicas apontam que nosso cérebro perde eficiência quando executamos mais de uma tarefa em conjunto.

Ainda que existam benefícios claros de vivermos apenas o presente, o desafio para se focar apenas nele é imenso. Vivemos em um mundo repleto de distrações digitais e com inúmeras opções de escolha. Enquanto falo com você, posso manter uma outra conversa no Whatsup e/ou ainda curtir uma foto no Instagram. Quando vou almoçar posso escolher entre mais de 100 opções de restaurantes que com apenas um clique me entregam a comida em questão de minutos. Quanto mais opções temos, mais distrações criamos em nossas vidas.

Mas o segredo de pessoas bem sucedidas, como bem observou Ricardo Geromel, é que elas sabem viver bem o presente. Para essas pessoas, o único recurso escasso é o seu tempo, portanto, elas escolhem bem o que vão fazer e fazem com afinco. Quando adotamos esse tipo de atitude, somos pessoas mais plenas e felizes e certamente traremos felicidade e satisfação para que estiver ao nosso lado. Que tal começarmos a focar mais no agora e deixar as distrações sempre para depois?

Como as grandes empresas inovam através de startups

Atualmente existe uma grande tendência entre grandes empresas preocupadas em inovação em se aproximar de startups em busca de coisas novas. Um empreendedor pode oxigenar uma grande empresa, trazer novas ideias e oferecer agilidade na solução de um problema.

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Na lista de empresas que seguem esse caminho estão Natura, Telefônica, Braskem, GE Healthcare e Itaú. Normalmente as grandes organizações estão aproximando de uma startup através de quatro possibilidades:

  • Realizar hackathons: trata-se da promoção de maratonas de programação para desenvolvimento de softwares que vão melhorar a vida da empresa. A GE Healthcare, por exemplo, acabou de promover o Hack4Health para aumentar a eficiência dos hospitais.
  • Incubação de startups: embora muitas vezes não se trata de uma incubadora tradicional, grandes empresas estão criando espaços para abrigar startups, num misto de coworking, incubadora e aceleradora. Nesses espaços diferentes startups trocam experiências, se aproximam de investidores e claro, ficam muito próximas da observação da empresa que financia o espaço. Como exemplo, podemos citar o recente lançamento do Cubo, financiado pelo Itaú em parceira com o fundo Redpoint.
  • Premiações: Outra maneira de se aproximar de startups é criar premiações que são oferecidas a empreendedores que solucionem algum problema de uma grande empresa. O Bradesco criou ano passado o concurso InovaBra que buscou startups com soluções para seus desafios tecnológicos.
  • Consultoria: Uma forma mais objetiva de buscar inovação através de uma startup é buscar consultoria de uma agência especializada em inovação, que através de um briefing, encontra a startup com a solução mais adequada para o desafio da empresa. A Pernod Ricard desenvolveu uma máquina que prepara drinques em parceria com uma startup através desse caminho.

Quando uma empresa busca parceria com uma startup, os ganhos são claros: inovação à baixo custo, agilidade e acesso a tecnologia de ponta. Porém, ter acesso a uma miríade de inovações pode ser inútil se a cultura da empresa não estiver preparada para lidar com esse tipo de processo criativo. O empreendedor pode ser um corpo estranho à empresa e suas invenções podem ser subaproveitadas. Pode parecer simples, mas esse choque cultural é bem possível que ocorra.

Do lado da startup, oferecer uma inovação à uma grande empresa pode ser o que difere sua chance de sucesso ou fracasso, pois o acesso ao mercado que a grande empresa pode possibilitar é muitas vezes o ponto de virada da startup. No entanto, a startup não pode se transformar em um departamento de inovação da grande corporação e o empreendedor em um mero funcionário da empresa. Como crescer com a grande empresa, sem depender somente dela? Esse é o desafio do empreendedor. Achar o ponto de equilíbrio nessa relação, tanto da ótica da empresa, quanto da startup, é crucial para que ela dê bons frutos.