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Como construir uma estratégia digital para um negócio local

O que um restaurante, um petshop, uma oficina mecânica ou dentista tem em comum? Resposta: todos eles são negócios locais. Entende-se por negócio local todo tipo de estabelecimento cuja localização geográfica influencia bastante na escolha do cliente. Com o aumento do trânsito nas grandes cidades e com a crescente correria das pessoas no dia a dia, os negócios locais ganham cada vez mais força.

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Um bom indicador para verificar o incremento dos negócios locais é o Google, que possui cerca de 3,5 bilhões de buscas todos os dias. Desse total, 27% são buscas locais, ou seja, quase 1/3 das pessoas estão colocando algum identificador de localização em suas buscas. Mas o que mais chama atenção não é o volume de buscas locais e sim o que as pessoas fazem após uma busca geográfica: 82% das buscas locais são seguidas por uma ação, como uma visita na loja, uma ligação, um e-mail enviado ou até mesmo uma compra. Logo, quando as pessoas estão buscando localmente significa que elas estão prontas para ação e mais propensas a comprar.

Se por um lado o consumidor está muito mais propenso a comprar em um negócio local, por outro, como lidar com a crescente concorrência desse negócios de bairro, que crescem a cada dia e enfrentam concorrência crescente e em muitos casos até degradante? O caminho é a diferenciação, com uma estratégia de marketing digital bem elaborada. Grande parte dos negócios locais, inclusive os grandes, utilizam poucos recursos tecnológicos e de comunicação para levar mais clientes em seus estabelecimentos e também fidelizar seu consumidor. Conheça a seguir 8 passos para se montar uma estratégia de marketing digital para negócios locais que se bem executados são infalíveis:

1 – SEO

Otimizar um site de um negócio de bairro com conteúdo de qualidade em um negócio de bairro é mandatório para qualquer empresa que depende da localização geográfica para vender. O ponto de partida aqui é identificar as palavras-chaves que direcionam tráfego para seu negócio local.

Verifique quais palavras-chave os seus clientes estão buscando na internet e o que os levam à ação. A partir disso realize uma otimização com palavras-chave de topo de funil, ou seja, palavras que os clientes utilizam no início de uma busca e sobretudo as palavras de fundo de funil, ou seja, aquelas que eles pesquisam antes de comprar. Importante também trabalhar palavras-chave de long tail, ou seja, aqueles termos com baixa pesquisa e alta taxa de conversão.

Vale enfatizar que um bom trabalho de SEO exige que o seu negócio tenha um excelente site e que essa estratégia de otimização seja realizada por profissionais competentes, caso contrário todo esforço pode ser nulo.

2 – Campanhas de mídia online

 Não basta fortalecer seu negócio apenas na busca orgânica se você quer resultados consistentes para seu estabelecimento. É preciso investir em anúncios.

Antes de montar uma campanha, é crucial se definir um objetivo de negócio, pesquisar o que os concorrentes já fazem de mídia e estabelecer um orçamento a ser investido. Um erro comum dos negócios locais é gerar uma demanda que eles não são capazes de atender. Outro equívoco bastante rotineiro é o empresário ou o executivo de marketing não calcular o custo de captação de cada cliente ou ainda não se construir landing pages voltadas para conversão em cada campanha.

É importante saber que tanto o Google como Facebook possuem excelentes soluções de mídia para negócios de bairro, que se bem utilizados possuem taxas de conversão altíssimas. O que nossa experiência revela é que poucos estabelecimentos usam na plenitude esses recurso.

3 – Cadastre-se em diretórios locais

 Diretórios locais são plataformas que reúnem uma infinidade de estabelecimentos locais, na grande maioria das vezes de maneira gratuita. A grande vantagem de se cadastrar nesses diretórios além da ausência de custo é que eles possuem uma grande clientela, portanto, trata-se de fluxo gratuito para seu negócio. Do ponto de vista de busca orgânica, esses sites normalmente são bem ranqueados, portanto colocam seu negócio em evidência.

Em quais diretórios se cadastrar? A resposta é: em todos eles!, a começar pelos seguintes:

  • Google Maps
  • Kekanto
  • Guia Mais
  • Apontador
  • iLocal
  • Foursquare
  • Trip Advisor

Existem ainda diretórios específicos para muitos nichos de mercado, que caso faça sentido para o seu negócio, é muito importante o registro. A estratégia de cadastro é simples, mas deve ser consistente. Preencha corretamente o perfil do seu negócio em cada diretório com o máximo de informação e muitas fotos. Deixe claro o seu horário de funcionamento, dados para contato e localização.

4 – Peça avaliação para seus clientes e as gerencie

 Como anda a reputação online do seu negócio? Avaliações dos clientes podem rapidamente alçar um negócio iniciante ao estrelato ou ainda afundar negócios tradicionais e estabelecidos. Basta a gente lembrar o caso do Quitandinha, em São Paulo, que lidou de maneira amadora com o relato de uma cliente e teve sua marca envolvida em uma grande confusão.

O primeiro passo aqui é pedir avaliações positivas para clientes satisfeitos com seu negócio. Encoraje esses clientes a fazer avaliações positivas no Google Maps, Foursquare e Trip Advisor. Explique que é rápido e facilite a vida deles colocando um link para avaliação em um e-mail, envio de SMS ou ainda QR Code na mesa ou cardápio. Construa uma estratégia consistente de captação de avaliações.

Mas não basta apenas buscar por avaliações de clientes satisfeitos. Talvez a maior riqueza das avaliações esteja nas reclamações, que qualquer negócio irá receber. Através das reclamações é possível se diferenciar da concorrência, seja pelo cuidado que você lida com elas ou ainda com as melhorias que é possível fazer no seu negócio a partir de um cliente com um crítica construtiva.

Se você recebeu uma reclamação, aja rápido. Isso já mostra para o cliente que você está de olho e diminui a chance do assunto crescer de proporções. Nesse ponto, a maioria dos estabelecimentos falha pois deixa de interagir com o cliente. Por fim, faça das reclamações uma fonte de melhoria contínua e as use como consultoria gratuita para seu negócio. Não delegue esse assunto para alguém que não tenha autonomia ou ainda esteja afastado da estratégia do negócio.

5 – Redes Sociais

 Dentro de uma estratégia digital para os negócios locais, as redes sociais não poderiam ficar de fora. Se formos detalhar tudo que é possível fazer nas redes sociais para atrair clientes e se relacionar com eles, teríamos que escrever um novo artigo. Portanto, vou me restringir ao objetivo estratégico de cada rede social para um negócio local diante das principais redes sociais.

Facebook

 A principal rede social do mundo é uma rede que praticamente todo negócio local deve estar presente pois ela é capaz de reunir informações muito valiosas do seu cliente: onde ele mora, que time ele torce, que eventos ele vai, o que ele gosta ou a empresa que ele trabalha. Com todas essas informações é possível elaborar um plano de mídia bastante segmentado e capaz de levar muitos clientes para seu estabelecimento. Além das soluções de mídia, o Facebook apresenta o Live, que permite realizar streaming de vídeo e certamente oferece grandes oportunidades para negócios locais.

Twitter

 O Twitter é uma rede social de interesse, sendo que seu maior diferencial é aproveitar o momento do usuário com algum assunto específico. A plataforma tem sido muito usada como segunda tela da TV, ou seja, as pessoas assistem a programação televisiva comentando o conteúdo da emissora. Nesse caso, é importante avaliar como o seu negócio pode tirar proveito dessa situação, inclusive com anúncios.

Instagram

 O Instragram é uma rede social de imagens, com uma timeline mais dinâmica para o usuário. Trata-se de uma rede poderosa para restaurantes, lojas, empresas de turismo, moda e cosméticos. Ainda que seja uma rede social bastante popular, ela não possui a mesmo alcance que o Facebook, o que a torna ainda menos explorada pelas empresas. Nela um negócio local pode divulgar fotos de produtos, instalações do estabelecimento, os bastidores do negócio entre outras fotos que deixe seu negócio mais humano e próximo do consumidor.

Snapchat

 O Snapchat é uma rede social com uma dinâmica diferente, que permite o usuário compartilhar momentos com seus amigos. A sua instantaneidade conquistou o público mais jovem e permite um negócio local se comunicar com esse público através de promoções em uma linguagem mais informal. Atenção: participar do Snapchat requer uma adaptação ampla da comunicação com relação às outras redes sociais.

Youtube

 O Youtube é uma das principais redes sociais existentes e ela é crucial para um negócio local. Ao criar um canal de vídeos para o seu negócio ele ajuda nas buscas locais do Google, promove conteúdo para suas outras redes sociais e estabelece comunicação com seu público na principal linguagem de comunicação da web: o vídeo.

Pense em vídeos que ensinem sobre o seu principal produto ou serviço, ou ainda sobre as principais dúvidas dos seus clientes. Vale lembrar que todo vídeo precisa ser otimizado antes de ser submetido ao Youtube, assim como qualquer outro tipo de conteúdo.

Pinterest

 O Pinterest também é uma rede de interesses que trabalha com imagens. A diferença dele para o Instagram é que no Pinterest o usuário constrói um diretório de imagens de temas de seu gosto pessoal. Assim, o Pinterest oferece grande oportunidade para lojas de decoração e construção, moda, viagens, festas e gastronomia. A grande vantagem do Pinterest é que ela é pouco explorada pelas empresas, portanto um trabalho bem realizado nessa rede social certamente irá direcionar tráfego para o seu site e o estabelecimento.

6 – Mobile marketing

Quando uma pessoa faz uma busca local em um dispositivo móvel, normalmente ele realiza uma compra em até 24 horas após a busca. Quando ele faz a mesma procura no desktop ele demora até uma semana para comprar. Se essa busca móvel é por um restaurante, ele visita o local em até 1h! Por conta desses indicadores surpreendentes de ação, a estratégia de marketing de um negócio local deve considerar o marketing mobile.

O primeiro ponto em uma estratégia de mobile marketing é ter um site responsivo, ou seja, que se adequa aos diferentes formatos de tela dos smartphones e tablets. Além de ser responsivo, esse site deve apresentar uma excelente usabilidade para acesso mobile. Existe muito site responsivo que ainda é inadequado ao uso mobile por conta da hierarquia de informações, excesso de conteúdos e cliques. Fique atento a isso!

Outro ponto de uma estratégia mobile é o uso de aplicativos, que pode ser interessante se você tiver algo legal para oferecer ao seu cliente. Um app para negócios locais pode ser um canal estreito de relacionamento e prestação de serviços, como disponibilização de cardápio, chat online e promoções.

Mas se você pretende utilizar plataformas já estabelecidas no mercado, o Whatsapp pode ser uma excelente ferramenta de atendimento e venda. Se for usa-lo, deixe claro o horário de funcionamento neste canal de comunicação.

7 – Blog

 Ter um blog ainda é uma boa estratégia de marketing digital, sobretudo para negócios locais. A produção de conteúdo, se feita com estratégia, traz resultado em visitas para o seu site e negócio físico. Uma boa estratégia de conteúdo é sempre interessante na aquisição de clientes quando pensamos no longo prazo.

Para negócios locais, as oportunidades são imensas em um blog. Conteúdo que considere o bairro, as necessidades de um cliente quase vizinho e as ofertas do seu negócio são exemplos do que pode ser explorado. O grande segredo em ter um bom blog é produzir conteúdo que agrade seu cliente, que esteja otimizado para os mecanismos de busca e com boa frequência de atualização.

8 – E-Mail Marketing

 Como você se relaciona com seus clientes por e-mail? É bem possível que alguma ação seja feita, mas que não esteja integrada às outras estratégias de marketing.

O e-mail marketing, quando bem utilizado, resulta em bons resultados, sobretudo em negócios locais. Com acesso à internet através de smartphones cada vez maior, temos as pessoas acessando o e-mail muito mais vezes ao longo do dia, o que gera oportunidades de relacionamento com o seu cliente. Através do e-mail marketing é possível ofertar uma pizza em um dia chuvoso ou uma promoção relâmpago em determinado fim de semana.

Outro objetivo estratégico a se buscar com o uso de e-mail marketing é manter relacionamento com o seu cliente. Com custos de aquisição de clientes cada vez mais elevados, manter o cliente atual é crucial. Nesse sentido, poucos negócios locais usam bem uma estratégia relacionamento através de e-mail marketing. Mais uma oportunidade que pode ser aproveitada.

Elaborar um plano de marketing para um negócio local é um trabalho que envolve alinhar os objetivos do seu negócio com as diferentes frentes de trabalho de marketing digital. O desafio é executar bem todas essas áreas e dar o peso adequado em cada item.

 

 

As 5 tecnologias e megatendências que vão mudar o seu negócio

As transformações tecnológicas que surgiram nos últimos anos trouxeram paras as pessoas e empresas benefícios incontáveis, como conectividade, maior conforto, economia de custos, autonomia e prosperidade. Por outro lado, as mudanças foram tão radicais que muitas indústrias consolidadas há mais de um século entram em colapso.

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Como o executivo à frente de uma organização acompanha profundas mudanças, que pode levar a sua empresa a um novo patamar de negócios ou ainda varrer sua empresa do mapa?

No livro “Organizações Exponenciais”, os autores apresentam uma lista de cinco tecnologias transformativas e cinco megatendências, elaboradas em conjunto com a Singularity University, que todo executivo deve acompanhar de perto se quiser triunfar e até sobreviver em uma economia em transformação.

Para começar, quais são as 5 tecnologias disruptivas?

  1. Internet das coisas e sensores: Os objetos começam a se conectar a internet e a estimativa é que até 2020 8 bilhões de devices estejam conectados à internet. Estamos falando desde a torradeira presente na sua cozinha até uma máquina na linha de produção de uma indústria. Além de conectados, todos esses itens possuirão sensores, que captarão informações de uso em tempo real.

O que vai se transformar? Uma infinidade de dados será gerada toda vez que um equipamento for acionado e as empresas que fornecem esses equipamentos ou ainda insumos para essas máquinas necessitarão especialistas para analisar esse volume imenso de informação. A maneira de se fazer marketing nunca mais será a mesma, pois as vendas poderão ser sob demanda e estarão muito mais contextualizadas dentro do uso de um produto.

  1. Inteligência artificial, big data e analytics: O uso de computadores cada vez mais potentes e algoritmos que manipulam um amplo volume de dados e tomam decisões estará cada vez mais presente no dia a dia dos tomadores de decisão, que terão mais informações para realizar suas ações.

O que vai se transformar? Cada vez mais as grandes decisões em uma empresa serão amparadas por algoritmos. Softwares de inteligência artificial substituirão muitos trabalhadores, inclusive aqueles com grande conhecimento técnico.

  1. Realidade virtual e aumentada: Os produtos baseados nessas tecnologias movimentam hoje US$8 bi e em 2025 esse montante será dez vezes maior. O que sustentará esse crescimento é a melhoria de gadgets que irão adicionar elementos digitais à nossa realidade. As invenções vão desde o óculos Rift até aos acessórios que complementam o uso desses dispositivos.

 O que vai se transformar? Basicamente todas as áreas de negócio serão transformadas quando uma camada digital for adicionada à realidade. Existem alguns segmentos que já estão sendo mais impactados, como a medicina remota, a construção civil, a engenharia aeroespacial entre outros. Um bom parâmetro para pensar no potencial de transformação do seu segmento é imaginar que tipo de informação pode ser adicionada no seu negócio para melhorar a tomada de decisão ou ainda melhorar a experiência do seu cliente se adicionada como uma camada extra da realidade.

  1. Bitcoin e Blockchain: O bitcoin é uma criptomoeda que veio para transformar o sistema financeiro mundial. Baseado em uma tecnologia aberta, segura e que busca reduzir os custos de transações, o Bitcoin ganha cada vez mais espaço mundo afora. A base para que essa nova moeda funciona é o Blockchain, um sistema de banco de dados que dá sustentação ao funcionamento do Bitcoin.

O que vai se transformar? A ampliação da zona de influência do Bitcoin vai tornar o Blockchain uma plataforma mais reconhecida e confiável para validação de transação de terceiros. Isso implica na descentralização do sistema financeiro, mas também em grandes mudanças em sistemas de validação de contratos, processos de auditoria, sistema de votações entre outros. Trata-se de grandes mudanças no Direito e até na transformação do Estado, que pode deixar de ser soberano em muitas questões que hoje lhe compete.

  1. Neuro feedback: Os avanços da neurociência estão permitindo cientistas desvendar mecanismos da nossa mente capaz de aumentar sensivelmente o grau de precisão do nosso cérebro.

O que vai se transformar? Quando conhecemos mais a fundo nosso cérebro e melhoramos a sua precisão, as pessoas podem focar mais no seu trabalho, gerir melhor o stress, incrementar a qualidade do sono, exercitar melhor sua criatividade. Diante dessas transformações, aplicativos tem surgido para expandir a capacidade mental das pessoas, novas drogas estão sendo criadas, alimentos funcionais ganham mercado e novas terapias se fortalecem para expandir a capacidade mental do indivíduos. Com um cérebro mais dinâmico, a humanidade evolui e um ciclo virtuoso se constrói, onde novas tecnologias para o avanço do mundo serão criadas.

Com essas 5 tecnologias ganhando cada vez mais espaço em nossa economia, temos outras 5 megatendências para observar em nosso mundo:

  • Conhecimento perfeito: com sensores e internet conectada a todos objetos, teremos a chance de poder saber tudo o que quisermos na hora que quisermos. Vai desde saber quantas pessoas estão dentro de um vagão do metrô até quanto tempo de fila tem o seu restaurante preferido sem sair de casa.
  • Mundo virtual: A realidade virtual vai transformar filmes de ficção científica em realidade. A experiência de compra no varejo será sensivelmente alterada, bem como o simples hábito de dirigir, além das relações de trabalho, que terão novos elementos para serem geridos.
  • Impressão 3D: Já realidade, a impressão 3D vai ganhar novo status e mudará a produção de bens, sobretudo determinadas categorias que terão um novo modelo de produção e distribuição.
  • Meios de pagamentos: Os meios de pagamentos que conhecemos atualmente pouco mudou nos últimos 50 anos. O que podemos supor é que os próximos 50 anos serão bem diferentes, com carteiras virtuais, descentralização dos players, pagamentos sociais e micro pagamentos.
  • Veículos autônomos: Inicialmente objeto de pesquisa de grandes empresas de tecnologia, agora também no portfólio de inovação das grandes montadoras, os carros autônomos serão realidade muito em breve. A introdução desses veículos provavelmente se dará por estágios, com veículos de entregas, táxis, vias exclusivas para esses tipos de veículos, para só depois termos uma adoção mais massiva.

As oportunidades que o Dia das Crianças traz para o e-commerce

 O Dia das Crianças está chegando e a data traz grandes oportunidades para o varejo, sobretudo o e-commerce. Segundo estimativas do E-Bit, o Dia das Crianças deste ano deve faturar R$1,7 bi, um crescimento de 15% em relação a 2015. Tal crescimento é garantido, em partes, pela grande parcela que os pequenos ocupam na demografia brasileira: quase 25% da população do país é constituída de crianças. Logo, grandes oportunidades podem surgir para quem atua em algum segmento do ramo infantil.

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E essas oportunidades surgem até mesmo antes das crianças nascerem. Segundo a pesquisa Consumer Survey Moms, do Google, 44% das mães afirmam que a internet se tornou mais importante após ficarem grávidas a ponto de mulheres grávidas aumentarem em até 85% o volume de buscas de assuntos relacionados a maternidade. Grande parte desse conteúdo que elas buscam é consumido no formato de vídeo. Eis um excelente canal para sua marca se comunicar com as futuras mamães.

Todo esse aumento da importância do digital para as mães traz um ganho significativo para o e-commerce. Não é por acaso que o Dia das Crianças se tornou um dos principais eventos do varejo on-line. A data é hoje uma das de maiores gastos pelo brasileiro, sobretudo entre jovens entre 25 e 44 anos da Classe C com criança em casa. Um detalhe curioso: à medida que as crianças vão ficando maiores, os pais se preocupam cada vez mais com o dia.

Se o Dia das Crianças promete ser também uma grande festa para o varejo, o que de fato as crianças querem ganhar? Uma recente pesquisa do Google Brasil traz pistas do que os pais estão buscando na internet. Os dados trazem o crescimento de volume de buscas em 4 categorias e seus respectivos produtos pesquisados:

Brinquedos

  • Baby Alive: + 202%
  • Lego: +91%
  • Boneca: +82%
  • NERF: +69%
  • Pula-pula: +65%
  • Urso de pelúcia: +45%

Moda infantil

  • Touca infantil: +328%
  • Roupa de bebê masculino: +186%
  • Jardineira infantil: +129%
  • Vestido de crochê infantil: +120%
  • Saída de maternidade: +70%
  • Vestido de batizado: +42%

Artigos infantis (inclui móveis)

  • Guarda-roupa infantil/berço chiqueirinho: +132%
  • Canguru bebê: +13%
  • Bebê conforto: +61%
  • Berço Portátil: +53%
  • Carrinho de bebê: +51%
  • Fralda Pampers: +36%

Games

  • FIFA 17 e PES 17: 20.000%
  • Assassinos Creed Identity: +2.000%
  • Injustice: +1.000%
  • GTA: +241%
  • The King of Fighter: +201%

Uma vez que a gente já sabe o que os consumidores estão buscando na internet, como transformar esses pais em clientes? A resposta é construir uma excelente estratégia de divulgação digital, que traga o cliente para sua loja, seja ela virtual ou física e que converta em vendas. Para montar sua estratégia, considere os seguintes pontos:

  • Invista em mídia on-line: coloque uma verba extra para mídia no Facebook e no Google. Impacte o potencial cliente primeiro na rede social, para construir presença e despertar curiosidade. Depois capte esse cliente no search, quando ele estiver no Google. As buscas pelos produtos infantis se aceleram em setembro e atingem seu pico 10 dias antes da data.
  • Considere o mobile: Toda sua estratégia de marketing deve considerar o mobile sobretudo nos finais de semana. As categorias que mencionei acima apresentam um sensível aumento de busca em dispositivos móveis durante o fim de semana, segundo o Google. Portanto, pense em e-mail marketing, anúncios, posts no Facebook, vídeos entre ações que consideram o acesso nesse tipo de plataforma.
  • Não deixe o YouTube de fora: O YouTube é um excelente canal de mídia para se vender para pais. Isso porque a plataforma é um excelente aliado de mães e pais na diversão e educação das crianças. Vale ficar atento apenas às normas de publicidade infantil, afinal, as crianças também acessam o YouTube.
  • Integre a loja física com o digital: Quando se trata em pesquisar produtos para os filhos, os pais são muito criteriosos e em muitas situações eles preferem realizar uma compra presencial após pesquisar pela internet. Se além de e-commerce, você possui varejo físico, explore essa oportunidade ao demonstrar que é possível obter um suporte extra de um vendedor em sua loja presencial.

Diante das dicas e informações acima, espero que tenha ficado claro como aproveitar uma das principais datas do varejo brasileiro. Vale ainda citar que em 2015, de acordo com uma pesquisa do Ibope, 69% das pessoas pretendiam comprar algum presente no Dia das Crianças. Com a economia dando sinais de retomada, não tem porque pensar que em 2016 teremos um cenário pior. O que mudou certamente é a concorrência que está maior e exige mais trabalho e criatividade dos departamentos de marketing das empresas.

Porque considerar o Snapchat em sua estratégia de marketing

Pode-se dizer que o Snapchat é a rede social do momento. Ao olhar o app sobre o prisma do usuário, o uso do aplicativo cresceu 300% nos últimos 3 anos. Hoje já são 200 milhões de usuários no mundo, sendo 11 milhões no Brasil. Até o fim de 2016 o Snapchat deve ultrapassar o Twitter em audiência. Outro detalhe importante é que o Snapchat é a principal rede social entre os millenials: 60% dos usuários tem entre 13 e 27 anos. Por isso, marcas que querem dialogar com esse público ou buscam passar uma imagem cool, começam a se vincular ao aplicativo.

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Mas o Snapchat não é uma rede social parecida com as demais. A sua principal tela é a imagem captada pela câmera do smartphone. Por isso, a maior parte da interação dos usuários se dá na troca de fotos e vídeos de momentos de seu dia, em até 10 segundos. Nessa imagens é possível colocar filtros, lentes, emojis e até desenhos. A grande diferença do Snapchat para outras redes sociais, como o Instagram, é que essas imagens ficam disponíveis até 24 horas.

Diante desse funcionamento, a grande essência do Snapchat é a espontaneidade, a sua dinâmica instantânea e o seu uso divertido. É isso que faz o Snapchat único e que atraiu tantos usuários, sobretudo os jovens.

Além de acompanhar as histórias publicadas pelos usuários, é possível dar um printscreen da tela de uma publicação. Hoje já é possível guardar o conteúdo publicado por alguém, além das 24 horas, mas essa prática não é muito bem vista dentro da rede social entre usuários. Existe ainda a opção “ao vivo” em que vídeos de um determinado evento são agrupados em um só lugar, além da seção “Discover” em que é possível ver artigos, notícias e séries. O app ainda permite fazer ligação de áudio e vídeo.

Com tantos recursos, como as empresas podem se apoderar dessa ferramenta? Antes de responder essa pergunta, é importante analisar se o seu negócio consegue promover uma boa experiência na rede social. Dado que o DNA do app é a criatividade e espontaneidade, é muito importante achar o tom certo para participar do Snapchat. Por isso é crucial se fazer um trabalho profissional que não tenha cara de profissional. Eis um grande desafio.

O Snapchat é uma excelente plataforma para atrair clientes, realizar um relacionamento mais próximo com eles e fidelizar a sua marca. Dado que ainda é pouco usado pelas empresas, considere as seguintes possibilidades para o seu negócio:

  • Divulgar novidades de maneira mais rápida. Se você possui essa necessidade de comunicação imediata, trata-se de um excelente canal. Negócios locais, como lojas e restaurantes podem se beneficiar da plataforma
  • Criar promoções exclusivas. Neste caso, basta criar uma promoção e pedir para o cliente dar um print na tela e levar para o seu estabelecimento. Aqui basta usar a criatividade, pois o público jovem que usa o aplicativo apresenta grande aderência a concursos
  • Responder dúvidas dos clientes. Pode ser através do chat, texto ou vídeo.
  • Divulgar códigos promocionais para e-commerce
  • Contar os bastidores do seu negócio

Além da produção de conteúdo, uma empresa pode participar do Snapchat através da compra de mídia. Essa compra pode ocorrer para divulgar uma marca dentro da seção “Discover” ou “História”. Além dos anúncios, uma marca pode se vincular na plataforma através do patrocínio de filtros geográficos e também do patrocínio de lentes. Porém, todas as opções pagas ainda não estão disponíveis no Brasil.

Os planos do Snapchat para o Brasil ainda não são muito claros. A rede social ainda não possui operação no país e em julho passado um grande executivo da empresa veio aqui visitar algumas grandes agências para apresentar como é possível usar melhor a plataforma com as marcas. Ainda sim, paira no ar como as empresas podem alavancar sua presença na rede social. Dado que a opção de mídia não está vigente no Brasil, grandes marcas usam a plataforma através da produção de conteúdo em um perfil corporativo ou se associando a influenciadores.

Diante dessas indefinições, vale a pena participar do Snapchat? A resposta é sim, sobretudo se você deseja se aproximar do público-alvo presente na plataforma. Além de jovens, 70% dos usuários da rede social são mulheres. O ponto de ponderação é encontrar a medida certa para construir essa presença e ser relevante. Diante do caráter espontâneo e efêmero na rede, pode ser difícil achar o tom mais adequado. Enquanto a rede social ainda não abre as opções de publicidade no país, temos um momento interessante para se construir presença e aprender como estabelecer esse novo tipo de comunicação com os seus clientes.

Os riscos da economia compartilhada

O compartilhamento sempre existiu em nossa sociedade como forma de geração de renda. Seja a dona de casa, que com algum tempo livre cuidava dos filhos do vizinho mediante a um pagamento, ou ainda o dono de um pequeno caminhão que fazia carretos nos finais de semana para complementar a renda familiar.

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Já o conceito de economia compartilhada ganhou notoriedade quando diferentes plataformas tecnológicas passou unir pessoas com interesses em compartilhar tempo ou algum bem com pessoas que precisam desses recursos. Através da tecnologia essas transações ganharam evidência e escala, criando uma economia fabulosa, que passou modificar mercados inteiros e gerar muita receita. Foi na crise de 2008, nos Estados Unidos, que a economia do compartilhamento ganhou tração como forma de geração de renda extra.

O mercado da economia compartilhada é tão fabuloso, que em 2014 movimentou U$ 15 bilhões. A estimativa é que nos próximos 10 anos gire algo em torno de U$ 300 bilhões. Se a economia compartilhada ganhou notoriedade com players globais, como o Airbnb e Uber, hoje o conceito está difuso por vários segmentos.

Atualmente é possível você chamar um médico para ir até a sua casa pelo DocWay, uma maquiadora delivery pelo Singu, ou ainda ter um chef exclusivo em sua casa pelo ChefEx, enquanto alguém passeia com seu cachorro contratado pelo Dog Walk.

Ainda que os serviços baseados na economia compartilhada se proliferam e algumas dessas startups estejam sendo avaliadas na casa dos bilhões de dólares, como o Uber e o Airbnb, existe um ponto de atenção que começa a surgir nesses negócios. Para ilustrar, vamos focar nos maiores cases de economia compartilhada: Airbnb e Uber.

O Airbnb é uma startup que movimenta hoje quase 1 bilhão de dólares por ano com aluguel de imóveis sem nunca ter comprado nenhum imóvel. Através da plataforma, muita gente passou a alugar um espaço ocioso em sua casa ou ainda a compartilhar um imóvel que passava maior parte do ano fechada. Com isso, trouxe eficiência ao mercado e gerou renda extra para muita gente. Ocorre que, por conta do imenso sucesso do Airbnb, muitos investidores estão comprando imóveis em cidades disputadas para alugarem na plataforma por temporada. Com esse movimento, o preço dos imóveis nessas regiões estão subindo e o morador comum, que poderia compartilhar seu imóvel, está tendo que deixar essas áreas por conta do aumento dos aluguéis. Ou seja, a economia compartilhada está gerando especulação e o conceito de consumo social se distancia da proposta.

Outro exemplo é o Uber. Quando a startup entrou no mercado de transportes, buscava conectar pessoas que precisavam se deslocar de um ponto a outro na cidade com motoristas que apresentavam agenda livre para prestar esse serviço. O Uber ganhou destaque quando esse serviço passou a ser prestado com qualidade, em detrimento ao mercado tradicional de táxis, que era dominado por frotistas que exploravam taxistas com aluguel de alvarás e veículos e prestava um serviço de qualidade duvidosa.

Hoje o Uber corre o risco, ainda que distante, de cair na vala comum dos taxistas, quando esse mercado começa a se profissionalizar. Hoje já existem pessoas montando pequenas frotas de carros e alugando para interessados em ser motoristas do Uber. Ou ainda é possível alugar carros na Localiza ou Movida por R$1.300 por mês e ser um motorista do Uber. Será que com essa mercantilização vai ser possível manter a mesma qualidade? O que isso difere do mercado tradicional de táxis?

Todas essas iniciativas de entrada de investidores nesses mercados de economia compartilhada, podem ser bem-vindas, mas elas quebram o conceito de economia do compartilhamento. Quando esse conceito é quebrado, voltamos aos mercados tradicionais, talvez com apenas novos players. Mas ainda existe esperança que a economia compartilhada se fortaleça: se as pessoas escolhem um serviço compartilhado baseadas na confiança e na experiência única de prestação de um serviço, talvez elas não serão orientadas apenas pelo preço e aí experiências reais de compartilhamento irão prevalecer. O tempo vai dizer se você pegar um Uber de um frotista é diferente de um motorista que resolveu ganhar dinheiro de compartilhando seu tempo.

 

Como o smartphone mudou o consumo de jornais e revistas

No ano de 2015 a circulação de jornais impressos caiu 13%. Já o mercado de revistas impressas apresentou recuo maior, de 20%. Os dados são do IVC, o Instituto Verificador de Comunicação. Se por um lado a venda de conteúdo no papel cai ano após ano, o número de assinantes pagos tanto de jornais e revistas cresceu 27% ano passado. Hoje é consenso na indústria de conteúdo que o digital será maior que o impresso em circulação paga.

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Para entender essa mudança de formato de consumo de mídia, é preciso entender que o ritmo do mundo mudou nas duas últimas duas décadas. Hoje é difícil alguém ter 30 minutos ou 1h por dia para se dedicar a leitura de um jornal impresso ou sua revista favorita. Além da falta de tempo, um novo hábito modifica a maneira como as pessoas leem notícias: o smartphone.

Hoje a maioria das pessoas acordam e acessam seu smartphone. É o e-mail do trabalho que é verificado, é uma resposta dada no Whatsup ou uma espiada nas redes sociais. Quando as pessoas acessam as redes sociais, elas acabam consumindo notícias, seja porque alguém compartilhou ou ainda porque ela curtiu a página de um veículo de comunicação.

Ao clicar em uma notícia no Facebook, por exemplo, o leitor vai para a página do jornal, o que aumenta o seu tráfego e eventualmente até o número de assinantes desse veículo de comunicação, caso ele tenha uma boa estratégia de conquista de novos assinantes. Esse fenômeno explica o aumento do número de curtidas nas páginas dos principais meios de comunicação do Brasil, assim como o aumento de assinaturas digitais e queda de circulação do impresso.

Essa nova forma de consumo de mídia tem implicações para publishers e anunciantes. Ao consumir conteúdo digital no smartphone é bem provável que as pessoas estão lendo menos notícias e de maneira fragmentada, ou seja, acessam pequenas quantidades de conteúdo ao longo do dia, seja, quando está na fila do elevador, no trânsito ou na espera de uma reunião.

Esse consumo fragmentado de notícias muda completamente a lógica de comunicação utilizada pelos anunciantes. As home pages dos portais perdem relevância, os anúncios devem estar adaptados para smartphones e ao mesmo tempo surge o desafio de lidar com adblockers e mais: os veículos devem conhecer profundamente os hábitos dos seus leitores para saber o momento exato para postar uma notícia em uma rede social. Isso pode significar o sucesso ou fracasso de uma notícia.

A alteração do formato de consumo de conteúdo traz desafios maiores para os veículos de comunicação. Além da queda de receita fruto da diminuição acentuada de circulação do impresso, jornais e revistas se deparam com o desafio de equilibrar suas operações com um assinante que não quer pagar por um conteúdo online, ou quando paga, quer pagar pouco. E ainda existe a pressão de anunciantes, que assustados com a mudança de hábitos dos consumidores, também não entenderam muito bem como explorar novas possibilidades de comunicação em jornais e revistas digitais e muitas vezes querem investir pouco em anúncios digitais.

A falácia de se conquistar 1% do mercado

No mundo dos negócios existe um pensamento recorrente, que chega a ser o modelo mental de muitos empreendedores e executivos: a conquista de 1% de um grande mercado. A partir dessa crença, é comum muitos planos de negócios considerarem a conquista de 1% de um mercado de 100 bilhões de dólares, ou ainda: “imagine eu conquistar apenas 1% do mercado chinês”.

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Quando a gente olha apenas a fração, os números podem ser convincentes e dizer que estamos no caminho certo. Mas na maioria das vezes, o raciocínio de conquistar “apenas 1%” de um grande mercado esconde uma grande armadilha: a concorrência destrutiva.

Se um plano de negócios fica de pé com a conquista de apenas 1% do mercado, significa que esse mercado é grande. Em mercados grandes, para você ser bem sucedido, é necessário um bom ponto de partida, ou seja, vai ser preciso muito investimento em diferenciação para começar com o pé direito.

Outro ponto de atenção é a concorrência, que em grandes mercados é feroz. Se um mercado é imenso, já existem muitos players atuando nele, o que faz com que você tenha que investir muito para conquistar 1% dessa fatia, ainda com grandes chances de não conquista-la. Essa competição implacável fará com que seus lucros sejam próximos de zero.

Um caminho mais interessante é começar em um mercado de nicho, com baixa concorrência. Em um mercado menor é muito mais fácil dominá-lo. Uma vez conquistado esse mercado é possível expandi-lo para mercados maiores, com margens de lucro já conquistadas do mercado menor. Um exemplo dessa estratégia foi a Amazon, que desde o início vislumbrava dominar todo mercado de comércio eletrônico, mas começou apenas no segmento de livros. Após se tornar a maior livraria do mundo, a Amazon, expandiu seu negócio para a venda de outros produtos.

Diante disso, sugestão: quando estiver elaborando um plano de negócios em que considera conquistar apenas 1% do mercado para tornar seu negócio bem sucedido, reflita. É bem provável que você esteja indo para um caminho bem tortuoso e pouco rentável.

 

 

Conheça os hábitos que mudam sua carreira

“Ano novo, vida nova!” já dizia o velho ditado. Verdade é que todo início de ano muitas pessoas criam resoluções para mudar de vida e buscar seus sonhos. É a dieta que será feita para caber nas roupas, é a pós-graduação para mudar de emprego, é compra de um imóvel para realização pessoal.

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Após passada a euforia da virada de ano e a escolha das novas resoluções, o dia a dia exige que adotemos novos hábitos para alcançar nossos objetivos. Você já se questionou quais hábitos irá adotar em 2016?

No campo profissional, independente dos seus macro-objetivos, existem alguns hábitos que certamente lhe ajudarão a ser um profissional melhor. Veja abaixo quais hábitos fazem sentido para você:

  • Deixe de ser multitarefa: Você é daquelas pessoas que faz três atividades ao mesmo tempo? Enquanto trabalha na sua primeira prioridade do dia espia o Facebook? Ou ainda possui dois projetos profissionais em paralelo que aparentemente estão rodando bem? Ser multitarefa pode fazer a gente se sentir super-herói, mas tira nossa produtividade e reduz nosso resultado. Busque em 2016 cortar as distrações, sobretudo as digitais, enquanto executa uma tarefa. Com relação à múltiplos projetos pessoais e profissionais, avalie com cuidado se não é melhor fazer uma coisa por vez. No final do ano a chance de você ter alcançado mais coisas será muito maior.
  • Cumpra suas promessas: Cumprir promessas e combinados é o caminho mais curto para construir credibilidade e fortalecer relações de amizade e profissionais. A melhor maneira de cumprir promessas é você pensar bem o que promete. Se você pensa que tudo aquilo que prometeu você tem que cumprir, certamente ficará mais seletivo no que promete. E cumprir promessas não tem a ver apenas com coisas grandiosas: vai desde ser pontual em um encontro até ajudar alguém a encontrar um emprego. Para não esquecer o que combinou, anote tudo!
  • Evite usar o celular no quarto: Qual a última coisa que você faz antes de dormir? E a primeira ao acordar? É bem provável que você utilize o seu smartphone, seja para ajustar o seu despertador ou ainda para dar uma olhadinha nas redes sociais. Esse hábito parece bobo, mas é bem danoso para sua qualidade de vida. Primeiro, utilizar o celular antes de dormir, já na cama, pode atrapalhar o seu sono. A luz do seu smartphone diminui a produção de melatonina, hormônio que regula o sono. Outro aspecto ruim: se você checa seu Facebook antes de dormir ou ao acordar, será bombardeado por inúmeras informações, muitas negativas. É um amigo demonstrando ódio pela nossa classe política, é o colega do trabalho compartilhando um caso de assassinato horrível ou a notícia de que alguém importante morreu. Você tem certeza que quer acordar ou dormir com esse tipo de informação? Deixe o celular longe da cama e utilize um despertador para acordar.
  • Medite: A meditação cada vez mais vem sendo usada pelas pessoas para a busca de equilíbrio, independente das crenças e religiões. Através da meditação é possível você acalmar a mente, ampliar a consciência, aumentar a criatividade e até diminuir dores. Profissionais que meditam controlam mais seus pensamentos e alcançam mais seus resultados. Desenvolver o hábito de meditação não é simples, mas certamente lhe trará benefícios em inúmeras áreas da sua vida. Para começar, você pode buscar aulas em centros específicos ou ainda até usar aplicativos, como Headspace. Experimente!
  • Quebre rotinas: A rotina é importante na vida de qualquer indivíduo. Algumas pessoas são mais tolerantes à rotina do que outras. Independente da sua pré-disposição à lidar com rotinas, quebra-las é importante para exercitar a criatividade, experimentar o novo e se desenvolver. Em 2016 avalie todas as suas rotinas e se pergunte quais rotinas seriam interessantes você mudar. Faça um caminho novo para o trabalho, peça pizza em um lugar diferente, fale com pessoas estranhas, encontre um amigo que não vê há tempos. Grandes surpresas irão surgir na sua vida.
  • Crie um tempo de desconexão: Já percebeu que cada ano passa mais rápido do que o anterior? Essa sensação é causada pelo preenchimento cada vez maior que damos às nossas vidas. A cada ano trabalhamos mais, experimentamos mais coisas, ficamos mais conectados com as pessoas e com as tecnologias. Se por um lado tudo isso é bom, por outro nos cansa e nos deixa sobrecarregados. Em 2016, procure se desconectar em momentos definidos. Diariamente, reserve de 1h a 2h para cuidar de você. Nesse período, se afaste de TV, computadores e smartphones. Ao longo do ano, planeje momentos que você irá fazer uma pausa, de poucos dias, em que irá se afastar de trabalho e da sua rotina do dia a dia.
  • Não quebre um hábito: Uma vez que a gente incorpora um hábito, existe um desejo natural de quebra-lo, uma única vez, por um bom motivo. Trata-se daquela tentação do “eu mereço” hoje comer uma grande sobremesa porque fechei um grande negócio ou ainda “hoje eu preciso” beber porque tive um dia difícil. Quando você permite esse tipo de licença, você enfraquece o novo hábito. Para evitar essas escapadas, crie recompensas para situações de comemoração ou de alívio, que não seja abandonar seu hábito. Pense no porque você escolheu esse hábito e reforce-o ao invés de enfraquece-lo quando surgir a tentação.

A construção de hábitos é pessoal e requer cuidados. Pesquisas revelam que 29% das pessoas desistem das suas metas de virada de ano nos primeiros 14 dias. Para você ser fiel aos seus novos hábitos, não confie apenas na motivação, pois no início ela é forte, mas certamente ela irá sofrer algum abalo. Para isso, crie um plano para executar quando sua motivação estiver baixa para exercitar um novo hábito. Outro ponto: comprometa-se com um hábito por vez e execute ele por 30 dias. Isso vai lhe dar força para continuar depois e desenvolver outros hábitos. Por fim, se conseguir reunir pequenos hábitos em 30 minutos e executá-los todos de uma vez pode ser uma boa estratégia de alcance de resultados.

 

Um feliz 2016 e que este ano você desenvolva hábitos saudáveis.

Os desafios das agências digitais em 2016

O ano de 2015 já está acabando e muita gente começa a fazer um balanço de como foi o ano e projeta os desafios para 2016. No mercado das agências digitais, sobretudo no segmento das pequenas agências, 2015 foi um ano desafiador para todo mundo. Para muitos, foi o momento que surgiram clientes novos, sobretudo grandes, que estavam em busca de cortar custos e experimentaram novos fornecedores. Neste caso, talvez o maior desafio tenha sido se adequar ao atendimento de um novo perfil de conta. Para outros, 2015 foi difícil porque representou contração de mercado, com perda de clientes-chave e ainda aumento da concorrência.

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Independente de qual desafio o empresário do mundo digital enfrentou, 2016 promete ser ainda mais emocionante: o cenário político-econômico dá mostras de que não irá apresentar grandes evoluções, a concorrência por preço entre as agências tende aumentar, grandes contas continuarão a reduzir e/ou otimizar seus investimentos em marketing, novos empreendedores em busca de soluções digitais surgirão com o aumento do desemprego, bons profissionais ficarão disponíveis no mercado a preços acessíveis.

Baseado em reuniões com um grupo de empresários do ramo digital, bem como em conversas informais com outros empreendedores, é possível listar 10 desafios e oportunidades que o empreendedor digital irá enfrentar no próximo ano:

1 – Manter consistência em vendas

O problema número 1 de qualquer empresa é vendas. Se a empresa vende bem, o que vem depois é apenas trabalho.

Com a economia patinando e o cliente receoso em fazer grandes investimentos, manter o ritmo de vendas pode ser uma grande dificuldade.

O primeiro passo para manter um bom ritmo de vendas é fazer uma análise rápida dos canais de vendas atuais. De onde vieram as vendas em 2015? Quais serviços foram vendidos em cada canal? Uma vez entendido o canal de vendas da agência, é hora de olhar mais a fundo o funil de vendas da empresa. Acompanhar a taxa de sucesso em cada etapa do funil pode ajuda-lo a entender porque a empresa não apresenta uma boa consistência em vendas.

De repente a empresa precisa gerar mais leads, ou ainda gera muitos leads, mas de qualidade ruim. Para muitos, a taxa de conversão é baixa porque o preço ou a proposta de valor não está adequada para o seu público-alvo. A experiência mostra que a maioria das agências digitais sofre com a geração de leads qualificados. Trabalho que muitas agências fazem para seus clientes, mas que esquecem de fazer para si mesmas.

2 – Conquistar bons fees mensais

Ter um bom ritmo de vendas é importante para uma agência digital, mas de pouco adianta a empresa vender mensalmente projetos de curta duração, se não possui fees mensais de clientes que irão garantir previsibilidade financeira para a empresa.

A saúde de uma agência pode ser medida pelo percentual do seu faturamento que está atrelado à fees mensais. Uma agência que vive apenas de projetos normalmente apresenta uma variação muito grande no seu faturamento, o que torna a vida do empresário uma gangorra financeira e emocional

Quando uma agência apresenta bons fees mensais, ela consegue expandir a equipe de maneira saudável e realizar investimentos para crescimento da operação. Mas uma agência tem que tomar muito cuidado com a busca de fees mensais, pois uma venda ruim de uma recorrência pode significar a falência da empresa.

Compreender os serviços da agência que geram recorrência, saber precifica-los bem e elaborar contratos inteligentes é crucial para o sucesso de uma boa estratégia de fee mensal.

3 – Criar um posicionamento claro

O mercado das agências digitais é relativamente recente, o que o torna ainda bastante volátil em termos de possibilidades estratégicas. Novas soluções surgem a todo instante e as demandas dos clientes se alteram constantemente. Criar um posicionamento claro pode ser uma tarefa difícil.

A grande consequência para uma agência digital que não apresenta norte bem definido é a perda de foco. Sem foco uma agência perde tempo, força, clientes e dinheiro.

Uma agência pode cuidar apenas de performance, outra pode ser especialista em vídeos, ou ainda em redes sociais ou desenvolvimento de apps. O empresário também pode decidir fazer tudo isso. Não tem problema. A situação se torna confusa quando a agência decide trabalhar com determinadas soluções, muitas vezes baseada em seu expertise, mas amplia a entrega porque simplesmente surgiu uma possibilidade no mercado.

É aquele caso da agência focada em desenvolvimento web que pega um projeto de aplicativo mobile porque um cliente estratégico pediu e ainda a empresa precisa de caixa. Geralmente esse tipo de projeto custa caro para a empresa, porque consome muito mais horas do que o planejado, gera stress com o cliente e não vira case dentro da agência.

Definir qual vai ser o foco da agência em 2016 é importante. Mais importante do que a definição, é ser fiel à escolha. Ser fiel não é fácil, pois envolve renúncias, que muitas vezes traz resultados apenas no longo prazo.

4 – Diferenciar-se da concorrência

A barreira de entrada no mercado digital é relativamente baixa. Basta um computador e algum conhecimento para entrar nesse mercado. Por esse motivo, a concorrência é cada vez mais crescente.

Com a entrada de competidores cada vez maior, a briga por preços acaba sendo o caminho mais curto para conquistar contas. Diante desse cenário, muito empresário antigo do mercado se desgastou com a crescente disputa.

O segredo para sair desse mar vermelho, para usar uma expressão da moda, é se diferenciar. A diferenciação no mercado digital não é trivial, mas é perfeitamente possível.

Acredito que a diferenciação é muito menos pela escolha de uma determinada tecnologia ou algum conhecimento técnico. As agências digitais carecem de personalidade, de propósito claro de existência, de cultura interna forte e de uma maneira realmente inovadora de atender seus clientes. Não é fácil inovar nesses pilares estratégicos, mas certamente as agências que se diferenciam no mercado se preocupam com isso.

5 – Fazer marketing para si mesma

O velho ditado, “casa de ferreiro, espeto de pau” se aplica para a maioria das agências digitais. Essas empresas fazem marketing digital para seus clientes, geram leads qualificados para eles, inovam em processos de atendimento, mas não praticam quase nada disso para o seu marketing interno.

O mais curioso é que os empresários do mercado têm consciência desse gap e pouca coisa mudou em 2015. Para não dizer que nada mudou, muita agência passou a fazer e-books e praticar estratégias de inbound marketing. Trata-se de um passo importante, mas será que vai trazer resultado? A maioria desses e-books é copy and paste de e-books de outras agências e são produzidos pela mesma empresa.

O desafio para o próximo ano é tratar sua agência como principal cliente. Isso envolve investimento de tempo da sua equipe e recursos financeiros para contratar os melhores recursos para diferenciar sua agência.

6 – Montar um time vencedor

A qualidade da entrega de uma agência depende muito do talento da sua equipe. Isso ninguém discute. A grande discussão que existe entre empresários do setor é como montar esse time.

A boa notícia é que tem muita gente competente disponível no mercado. Essa é uma oportunidade gerada pela retração da economia.

O ponto de partida para 2016 é avaliar quais competências a agência irá precisar para entregar seu planejamento do ano. Uma vez tendo isso mapeado, vale observar se a empresa já possui esses recursos internamente ou se precisa de algum reforço.

Creio que o grande incômodo que o empresário precisa ter nesse momento é se ele possui os melhores profissionais para desempenhar qualquer função dentro da agência. Se você não possui o melhor, procure este profissional. Não se conformar com uma entrega medíocre é um grande passo para a diferenciação. E busque gente com espírito de dono.

7 – Construir uma cultura única

 Talvez a melhor definição de cultura empresarial é o conjunto de normas implícitas que determinam qualquer tipo de conduta dentro de uma empresa.

Como é a cultura de sua agência? Construir uma cultura consistente em uma agência pequena não é fácil. Primeiro porque existem poucas pessoas, muitas vezes a equipe é muito jovem e o empreendedor não possui tempo para investir nessa frente.

Porém, vai ser uma cultura marcante que irá diferencia-lo no mercado, seja para cobrar mais de um cliente ou ainda para atrair e reter os melhores funcionários na equipe.

Ainda que a equipe seja pequena, ou que o tempo seja escasso, invista tempo em construir uma cultura única na sua empresa. Esse é o tipo de investimento que é importante, mas nunca urgente, que a maioria dos empresários (inclusive eu!) deixa de lado, mas que traz resultados incríveis, quando bem conduzido.

8 – Demitir clientes ruins

Somos educados desde as primeiras aulas de marketing que o cliente sempre tem razão. Também acreditamos, até por um instinto de sobrevivência, que devemos sempre colocar um novo cliente para dentro. Os dois pensamentos são importantes, mas precisamos colocar alguma dose de ponderação.

Toda empresa possui clientes bons e ruins. Faça uma avaliação dos seus clientes ruins e compreenda o porque ele não é um bom cliente.

Clientes que propõem sempre acordos que apenas um lado ganha, clientes que não valorizam o seu trabalho, clientes que não geram cases replicáveis em outros clientes, clientes desonestos, clientes que não oferecem possibilidade de cross selling devem ser abandonados.

Demitir um cliente pode não ser fácil. Representam muitas vezes perda de faturamento e trazem insegurança. Mas se você possui um cliente que precisa ser demitido, não pense duas vezes. Se encontrar dificuldade, pense que trata-se de um investimento no desenvolvimento da sua empresa.

9 – Fugir da guerra de preços

Em todo mercado existe competição por preços. Ela é geralmente motivada por concorrentes despreparados e desesperados e também pelos próprios clientes, que buscam tirar vantagens de curto prazo. No longo prazo, ninguém ganha com uma guerra de preços.

Como fugir disso, sabendo que a empresa precisa faturar e que os clientes compram preço? O primeiro passo, é importante ter segurança no seu modelo de precificação. Uma empresa que sabe o porque o seu preço é aquele, dificilmente faz loucura em baixar exageradamente seu preço. O segundo passo, é definir uma política de desconto. Se você travar que o desconto máximo é 10%, por exemplo, você não entra em uma guerra de preços.

Sabendo que talvez o preço não vai ser o principal atrativo, você vai ter que se concentrar na discussão de valor para aumentar as vendas. É um caminho mais difícil, mas que traz melhores resultados.

Em 2016 a guerra de preços pode se intensificar, tanto em projetos, quanto em fees mensais. Lembre-se que bons clientes negociam preço, mas jamais pedem para você fazer loucuras. Sabem que o barato sai caro.

10 – Não ser refém de tecnologia e modismos

Uma agência digital vende, por definição tecnologia e inovações na maneira de comunicação, relacionamento e vendas. Nossos clientes esperam da gente uma orientação de qual melhor plataforma de e-commerce usar, qual recurso trabalhar para aumentar o engajamento de sua página ou como crescer a conversão em vendas.

Por conta de tudo isso, temos que ser pessoas antenadas, mas é preciso cuidado para não ser refém de modismos ou evangelistas de tecnologias. A tecnologia que fez sua agência alcançar o primeiro milhão ontem pode transformar em pó sua empresa amanhã.

Clientes não compram atividades ou tecnologias, eles compram soluções. Por mais que uma tecnologia ou metodologia de marketing digital venda uma solução, ela sempre vai ser abstração da realidade, provavelmente descartável.

Quando for vender uma tecnologia verifique o que de fato o cliente está comprando. Se você tiver isso claro, fica fácil cuidar dos interesses do cliente, mesmo quando a defasagem tecnológica surgir.

Certamente a lista de desafios para as agências digitais são muito maiores do que esta simples listagem. O objetivo em montar essa lista não foi simplificar a realidade de cada negócio, que possui seus desafios peculiares. O intuito foi trazer alguns elementos para estimular a reflexão e quem sabe ajuda-lo ter clareza onde colocar o foco no próximo ano.

 

 

 

 

 

 

Startups tiram o sono dos bancos

Ao longo das últimas duas décadas, startups até então desconhecidas, utilizaram a inovação tecnológica para modificar mercados inteiros. O Napster mudou a maneira como as pessoas consomem música. A Amazon e o E-Bay criaram o comércio eletrônico. O Uber e o Airbnb estão alterando a maneira como as pessoas se locomovem e hospedam nas cidades. Diante de tantas mudanças, um setor que não estava no radar dessas startups era o financeiro. Com instituições poderosas e um mercado bastante regulamentado, as inovações estavam passando distante desse segmento. Mas esse panorama de defasagem parece fazer parte do passado.

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A onda de startups que resolveram questionar o status quo do mercado financeiro surgiu fora do país já faz alguns anos e no Brasil o movimento se intensificou bastante no último ano, em um cenário com a economia em crise, em que pessoas e empresas buscam ganhos de eficiência. As “fintechs”, como são chamadas as startups que oferecem serviços financeiros, estão modificando a maneira como as pessoas tomam um empréstimo, utilizam um cartão de crédito, investem e até recebem cobrança. A seguir algumas fintechs que já estão inovando no mercado brasileiro:

Nubank

O Nubank mal nasceu e já virou um hit nacional. A empresa oferece um cartão de crédito Mastercard Internacional Platinum sem anuidade ou qualquer outra tarifa. Além desse benefício claro, as taxas de juros do Nubank custam no máximo 7,75% ao mês, a metade do que cobra os grandes bancos.

As vantagens do Nubank não se restringem apenas ao seu custo atrativo. Essa startup ainda oferece um aplicativo ao usuário que permite acessar em tempo real os seus gastos e assim realizar um maior controle das despesas. As interações com a empresa também ocorrem de maneira online. O sucesso do Nubank é tão grande que hoje a empresa possui uma fila de 600 mil pessoas à espera de um cartão.

Controly

 Abrir uma conta bancária sempre foi uma atividade burocrática e que tomava muito tempo. A proposta da Controly é facilitar a vida do cliente. Essa startup funciona como se fosse um banco, mas é um app que possui uma conta pré-paga de cartão, que armazena seu dinheiro e permite o cliente realizar transações.

No dia a dia do cliente da Controly ele visualiza gráficos com evolução de gastos ou ainda seleciona um contato na agenda do smartphone ou Facebook para fazer uma transferência. Em pouco mais de três meses de operação a Controly já possui mais de 3 mil clientes.

Biva

 Com o aprofundamento da crise econômica, os bancos ficaram muito mais restritivos na oferta de crédito. Mas pessoas e empresas continuam precisando de dinheiro emprestado. Diante desse cenário de demanda não atendida, surgiu a Biva, startup que promove empréstimos online.

O mercado peer to peer lending (P2P), como é conhecido fora do Brasil, movimentou US$ 5,98 bi ano passado nos Estados Unidos. Em seu modelo original, uma plataforma tecnológica intermedia a operação entre quem quer emprestar dinheiro e quem precisa do recurso. Como a legislação brasileira não permite o empréstimo direto sem a intermediação de uma instituição financeira, a Biva atua como correspondente bancário, ou seja, algum banco empresta dinheiro para a startup, que empresta para o cliente final.

Para obter um empréstimo na Biva o cliente preenche seus dados online e passa por uma análise de crédito rápida. A maior vantagem ainda é pagar taxas de juros menores que o mercado tradicional.

Kitado

 A Kitado é apenas uma entre algumas startups que prometem mudar a forma de cobrar um cliente em atraso. A primeira grande inovação é trocar as constrangedoras ligações de cobranças por interações pela internet. Ao abordar o cliente, a Kitado objetiva, além de recuperar a dívida, manter a relação com o cliente devedor. Por isso utilizam uma abordagem mais leve, em que já oferecem opções de renegociação.

O que estas startups possuem em comum, além de promoverem inovações no mercado financeiro? Uma primeira similaridade é que apresentam uma baixa estrutura de custos, diferente dos grandes bancos, que com suas pesadas estruturas burocráticas e equipes ineficientes, consumem muito mais dinheiro. O segundo ponto é que essas startups colocam o cliente no centro do processo. Oferecer um serviço financeiro melhor para seus clientes é razão de ser dessas empresas, diferente dos grandes bancos, que antes de mais nada buscam preservar seu poder econômico. Por fim, essas startups utilizam tecnologia para entregar mais valor aos seus clientes, sendo que a maioria possuem apps que simplificam e barateiam a relação com os clientes.

De todas as inovações que as fintechs podem promover, certamente as maiores virão na área de concessão de crédito. Até pouco tempo atrás, o modelo de crédito dos grandes bancos era a grande vantagem competitiva dessas instituições. Hoje pode ser um ponto de limitação ao crescimento. Isso porque as startups possuem uma análise mais aprofundada, com ferramentas de big data que analisam as pegadas digitais dos clientes, geolocalização e até o tipo de aparelho tecnológico que o cliente usa. Com todo esse cenário é muito mais fácil mensurar o risco de oferecer um empréstimo, enquanto que os bancos apresentam modelos de análise que se restringem apenas à população bancarizada.

Evidente que as grandes instituições financeiras não estão paradas. Donas de um poder econômico e político gigantescos, elas possuem recursos, ao menos financeiro, para entrar nessa corrida. Resta saber se iniciativas, como a do Bradesco, que criou o programa InovaBra, para apoio de startups ou ainda a do Itaú, de apoiar um coworking para empresas de tecnologia é capaz de romper o conservadorismo quase secular dessas instituições. Mudança de cultura numa empresa normalmente é feita de dentro para fora e leva tempo, recurso que talvez essas instituições não apresentam em abundância.