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O que é social selling e como praticá-lo de maneira eficiente

É bem provável que você já tenha ouvido falar no termo social selling e mais provável ainda que já o tenha feito em alguma medida, provavelmente sem perceber. Afinal, o que é social selling?

Social selling é uma sistemática de trabalho que utiliza as redes sociais para vender através da captura de insights, compartilhamento de conhecimento, estabelecimento de contatos entre outras atividades.

Pode parecer trivial, mas social selling não é simplesmente fazer publicidade invasiva nas redes sociais ou ainda perturbar seus contatos do LinkedIn com mensagens inconvenientes de vendas.

Trata-se muito mais de uma mudança de mindset em como usar seus canais sociais para construir uma plataforma de vendas inteligente e perene. Praticar social selling exige estratégia, trabalho e muita disciplina. Por isso, muita gente desiste no meio do caminho.

Antes de explicar como fazer social selling de forma eficiente, veja alguns indicadores, apresentados no livro Social Selling Mastery, de Jamie Shanks, que comprovam que usar os recursos sociais disponíveis vão aumentar sensivelmente sua capacidade de gerar negócios:

  • 90% das decisões de compra começam online
  • 75% dos compradores B2B usam redes sociais para contratar vendedores
  • 74% dos compradores escolhem vendedores e empresas que primeiro geram valor e insights antes de vender

Agora que temos um panorama mais claro de como usar os seus canais sociais para gerar vendas, a pergunta que fica é: como montar uma estratégia de social selling?

O que não é social selling

 Para começar a responder essa pergunta, o primeiro passo é dizer o que não são vendas sociais:

  • Fazer social ads nas redes sociais
  • Enviar mensagens inoportunas no Facebook ou LinkedIn
  • Seguir milhares de pessoas no Twitter ou Instagram na esperança delas seguirem de volta
  • Postar freneticamente todo tipo de conteúdo em seu perfil

Para fazer social selling com inteligência é preciso estar presente nas redes sociais. Aqui temos um grande ponto de atenção para a maioria das pessoas que busca usar as redes sociais para vender: falta de foco!

Existem mais de 8.000 redes sociais no mundo inteiro, sendo que mais de 650 se aplicam às vendas. Desta forma, é preciso foco e saber escolher a rede social correta para não se distrair com aquilo que não te traz novos clientes.

Para fazer essa escolha consciente, analise profundamente o perfil do seu cliente ideal e entenda em qual rede social ele está presente. Destaco que iniciantes em social selling devem trabalhar apenas com uma ou duas redes sociais simultaneamente.

A essência do social selling é usar todas as pegadas digitais que seu potencial comprador deixa nas redes sociais com insights de vendas. Por isso é muito importante integrar suas estratégias de vendas sociais com seu CRM.

Como implementar social selling em 4 passos

 A implementação de uma estratégia de social selling possui 4 passos:

1 – Encontrar:  O primeiro passo é encontrar seu comprador, bem como seus influenciadores, pares, subordinados e chefes.

2 – Educar: O seu passaporte para acessar seus compradores é compartilhar conhecimento relevante. Para isso é preciso montar um plano de como você vai obter conhecimento e compartilhá-lo.

3 – Engajar: Refere-se a sua estratégia de como interagir com os insights do seu potencial comprador.

4 – Desenvolver: Trata da sua habilidade em desenvolver sua rede em direção aos seus objetivos de negócios.

Agora que você já conhece os quatro passos de uma estratégia de social selling, veja um plano prático para implementar já as vendas sociais no seu dia a dia:

Encontrar

  1. Mapeie o seu perfil ideal de cliente (ICP)
  2. Encontre os potenciais compradores usando LinkedIn, Twitter e Facebook
  3. Encontre conexões em comum

Educar 

  1. Mapeie fontes de conteúdos interessante para seu público-alvo
  2. Monte uma biblioteca de conhecimento usando ferramentas como Feedly, Buffer ou Flipboard
  3. Selecione conteúdo interessante e agende publicação nas suas redes sociais, usando plataforma como Hootsuite

Engajar

  1. Analise alguns gatilhos sociais, como mudança de emprego ou contratações
  2. Responda mensagens rapidamente
  3. Compartilhe e comete artigos e posts dos seus potenciais clientes
  4. Faça recomendações no LinkedIn
  5. Participe ativamente de grupos no LinkedIn e Facebook

Desenvolver

  1. Verifique o engajamento do seu conteúdo nas redes sociais
  2. Verifique quem visitou o seu perfil no LinkedIn
  3. Adicione pessoas que engajam com você no LinkedIn
  4. Personalize cada mensagem quando adicionar um contato

O que achou das atividades acima? O trabalho de social selling é bastante amplo e certamente existem muito mais atividades e recursos para se praticá-lo em profundidade. Porém, com a execução deste plano básico é possível sair à frente da maioria dos profissionais do mercado.

Dica final: separe diariamente duas agendas: uma para estudar e outra para interagir nas redes sociais, com 20 minutos para cada agenda. Com essa tática você terá a disciplina inicial para revolucionar suas vendas com o social selling.

Bom trabalho!

 

 

Estamos perdendo uma oportunidade no LinkedIn. Sabe por quê?

Com mais de uma década de existência, o LinkedIn tornou-se, indiscutivelmente, a maior rede social profissional do mundo. Hoje já são mais de 400 milhões de usuários no mundo e no Brasil, mais de 25 milhões de profissionais e estudantes utilizam a plataforma como fonte de conexão profissional. Ao longo da história, a rede social passou de um site sisudo, para uma ferramenta descolada, muito parecida com o Facebook em termos de usabilidade. Diante de tamanha evolução da rede, a pergunta importante que fica é: será que as pessoas e empresas estão usando o LinkedIn em todo seu potencial?

linkedin

Dado que hoje o LInkedIn oferece inúmeras possibilidades para um profissional se comunicar, se conectar, procurar emprego e vender, utilizar a plataforma com inteligência requer um bom planejamento de como se quer explorar a presença nesta rede social. Não basta simplesmente atualizar! E o que se vê no dia a dia do LinkedIn Brasil?

Primeiro, as pessoas estão usando muito mais o LinkedIn. Um grande motivo foi a evolução da plataforma, tanto em termos de usabilidade, que facilitou o seu uso, como também em termos de funções. O Pulse, por exemplo, ajudou as pessoas difundirem conteúdo autoral de qualidade. Outro ponto que aumentou consideravelmente o uso do LinkedIn foi a crise econômica. Com mais pessoas desempregadas e procurando emprego, o uso da rede social disparou.

No entanto, o uso mais frequente do LinkedIn está sendo acompanhado por alguns vícios de conteúdo, que toda rede social adquire à medida que ela ganha mais usuários e se populariza. Hoje, ao entrar no LinkedIn vemos uma timeline quase monocromática, com os mesmos conteúdos postados e compartilhados pelas pessoas país afora. Quem não encontrou hoje pelo três de algum dos conteúdos a seguir:

  • Fotos de crachá: São postadas por funcionários que estão comemorando aniversário de empresa e/ou deixando a corporação depois de longos serviços prestados. Normalmente são acompanhadas por um discurso de gratidão e nostalgia.
  • Fotos da mesa de trabalho: Funcionários novos de algumas poucas organizações são recebidos com um “Welcome kit”que inclui um MacBook novinho, camiseta, material de escritório e fone de ouvido. Esse tipo de publicação alcança facilmente dezenas de milhares de curtidas, compartilhamentos e comentários de que essa empresa é o exemplo a ser seguido.
  • Pessoas pedindo emprego: A crise pegou todo mundo e nada melhor que o LinkedIn, uma rede profissional, para comunicar a todos a necessidade de um novo emprego. Existem profissionais que relatam a real necessidade de se recolocar rapidamente e topam qualquer oportunidade na rede social.
  • Pessoas agradecendo o emprego conquistado: O LinkedIn tem se mostrado solidário com muitas pessoas e alguns profissionais conseguem recolocação após comunicar seu desespero na rede. Nada mais justo do que agradecer a graça alcançada.
  • Frases motivacionais: Um dos primeiros conteúdos padrões do LinkedIn, ainda fazem sucesso. Normalmente são as mesmas frases, que muitas vezes são difundidas por profissionais da área de desenvolvimento pessoal e replicadas pela rede social pelos demais usuários.
  • Problemas matemáticos e enigmas: Um tipo de conteúdo também bastante batido, que frequenta toda timeline diariamente. Postam-se problemas em que o usuário deve escrever nos comentários a resposta. É como se fosse um atestado de capacidade intelectual.

Quando observamos esse conteúdo repetitivo se replicando em escala exponencial na maior rede profissional do mundo, um alerta deve soar, não apenas para os profissionais de marketing, mas para todos os profissionais que fazem parte desta rede. Primeiro: a plataforma começa a ficar chata. Conteúdos criativos são rapidamente copiados e replicados à exaustão, sem uma evolução na narrativa. Segundo: se o LinkedIn é uma rede social para os profissionais se diferenciarem em sua trajetória profissional, como mostrar-se de uma forma ímpar ao mercado se todos compartilham e produzem o mesmo conteúdo que o profissional ao lado?

Talvez a grande vantagem de se usar o LinkedIn é que a plataforma possui hoje uma audiência altamente segmentada e qualificada. Através dele é possível alcançar os mais variados profissionais do mundo e construir reputação de uma maneira como nunca antes foi possível. Para se ter uma ideia, cerca de 45% dos leitores do Pulse, ferramenta de publicação de artigos do LinkedIn, são de alto escalão: CEOs, diretores e gerentes. Portanto, é possível se firmar como um profissional respeitado e diferenciado através da produção de artigos únicos. Basta disciplina e um bom posicionamento para se construir essa reputação.

Além de artigos, é possível fugir do clichê contando boas histórias através da atualização do feed com links de textos interessantes, vídeos e imagens. Procure conteúdo que engaje o público e tenha a ver com o posicionamento que se quer passar na rede social. Evite os conteúdos padrões, pois nenhum empregador ou prospect gosta de ouvir a mesma história repetida várias vezes. Aqui é preciso investir algum tempo e testar, algo que a grande massa do LinkedIn não faz, pois apenas replicam posts.

Outro ponto importante: invista tempo revisando o próprio perfil profissional. Nunca é demais lembrar que é crucial usar uma foto profissional, que o represente no dia a dia. Exemplo: não coloque uma foto de terno se hoje você não usa mais esse traje no trabalho. Explique em detalhe as suas experiências profissionais, sem usar terceira pessoa; coloque suas competências com olhar estratégico. Exemplo: é muito comum profissionais de alto escalão colocar como competência “Pacote Office”, algo que não agrega para um profissional nesse estágio da carreira. Por fim, utilize palavras-chave no perfil que o diferencie dos demais. Para ajudar, segue a lista das 10 palavras mais usadas no LinkedIn a serem evitadas no seu perfil:

  1. Especializado
  2. Líder
  3. Estratégico
  4. Focado
  5. Responsável
  6. Com experiência
  7. Inovador
  8. Apaixonado
  9. Criativo
  10. Excelente

Que tal começar a usar o LinkedIn de uma maneira mais estratégica? Lembre-se: na na web, você é aquilo que você produz e compartilha. Sair do clichê já vai fazer uma diferença imensa na maneira como as pessoas percebem o seu trabalho.