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Estamos perdendo uma oportunidade no LinkedIn. Sabe por quê?

Com mais de uma década de existência, o LinkedIn tornou-se, indiscutivelmente, a maior rede social profissional do mundo. Hoje já são mais de 400 milhões de usuários no mundo e no Brasil, mais de 25 milhões de profissionais e estudantes utilizam a plataforma como fonte de conexão profissional. Ao longo da história, a rede social passou de um site sisudo, para uma ferramenta descolada, muito parecida com o Facebook em termos de usabilidade. Diante de tamanha evolução da rede, a pergunta importante que fica é: será que as pessoas e empresas estão usando o LinkedIn em todo seu potencial?

linkedin

Dado que hoje o LInkedIn oferece inúmeras possibilidades para um profissional se comunicar, se conectar, procurar emprego e vender, utilizar a plataforma com inteligência requer um bom planejamento de como se quer explorar a presença nesta rede social. Não basta simplesmente atualizar! E o que se vê no dia a dia do LinkedIn Brasil?

Primeiro, as pessoas estão usando muito mais o LinkedIn. Um grande motivo foi a evolução da plataforma, tanto em termos de usabilidade, que facilitou o seu uso, como também em termos de funções. O Pulse, por exemplo, ajudou as pessoas difundirem conteúdo autoral de qualidade. Outro ponto que aumentou consideravelmente o uso do LinkedIn foi a crise econômica. Com mais pessoas desempregadas e procurando emprego, o uso da rede social disparou.

No entanto, o uso mais frequente do LinkedIn está sendo acompanhado por alguns vícios de conteúdo, que toda rede social adquire à medida que ela ganha mais usuários e se populariza. Hoje, ao entrar no LinkedIn vemos uma timeline quase monocromática, com os mesmos conteúdos postados e compartilhados pelas pessoas país afora. Quem não encontrou hoje pelo três de algum dos conteúdos a seguir:

  • Fotos de crachá: São postadas por funcionários que estão comemorando aniversário de empresa e/ou deixando a corporação depois de longos serviços prestados. Normalmente são acompanhadas por um discurso de gratidão e nostalgia.
  • Fotos da mesa de trabalho: Funcionários novos de algumas poucas organizações são recebidos com um “Welcome kit”que inclui um MacBook novinho, camiseta, material de escritório e fone de ouvido. Esse tipo de publicação alcança facilmente dezenas de milhares de curtidas, compartilhamentos e comentários de que essa empresa é o exemplo a ser seguido.
  • Pessoas pedindo emprego: A crise pegou todo mundo e nada melhor que o LinkedIn, uma rede profissional, para comunicar a todos a necessidade de um novo emprego. Existem profissionais que relatam a real necessidade de se recolocar rapidamente e topam qualquer oportunidade na rede social.
  • Pessoas agradecendo o emprego conquistado: O LinkedIn tem se mostrado solidário com muitas pessoas e alguns profissionais conseguem recolocação após comunicar seu desespero na rede. Nada mais justo do que agradecer a graça alcançada.
  • Frases motivacionais: Um dos primeiros conteúdos padrões do LinkedIn, ainda fazem sucesso. Normalmente são as mesmas frases, que muitas vezes são difundidas por profissionais da área de desenvolvimento pessoal e replicadas pela rede social pelos demais usuários.
  • Problemas matemáticos e enigmas: Um tipo de conteúdo também bastante batido, que frequenta toda timeline diariamente. Postam-se problemas em que o usuário deve escrever nos comentários a resposta. É como se fosse um atestado de capacidade intelectual.

Quando observamos esse conteúdo repetitivo se replicando em escala exponencial na maior rede profissional do mundo, um alerta deve soar, não apenas para os profissionais de marketing, mas para todos os profissionais que fazem parte desta rede. Primeiro: a plataforma começa a ficar chata. Conteúdos criativos são rapidamente copiados e replicados à exaustão, sem uma evolução na narrativa. Segundo: se o LinkedIn é uma rede social para os profissionais se diferenciarem em sua trajetória profissional, como mostrar-se de uma forma ímpar ao mercado se todos compartilham e produzem o mesmo conteúdo que o profissional ao lado?

Talvez a grande vantagem de se usar o LinkedIn é que a plataforma possui hoje uma audiência altamente segmentada e qualificada. Através dele é possível alcançar os mais variados profissionais do mundo e construir reputação de uma maneira como nunca antes foi possível. Para se ter uma ideia, cerca de 45% dos leitores do Pulse, ferramenta de publicação de artigos do LinkedIn, são de alto escalão: CEOs, diretores e gerentes. Portanto, é possível se firmar como um profissional respeitado e diferenciado através da produção de artigos únicos. Basta disciplina e um bom posicionamento para se construir essa reputação.

Além de artigos, é possível fugir do clichê contando boas histórias através da atualização do feed com links de textos interessantes, vídeos e imagens. Procure conteúdo que engaje o público e tenha a ver com o posicionamento que se quer passar na rede social. Evite os conteúdos padrões, pois nenhum empregador ou prospect gosta de ouvir a mesma história repetida várias vezes. Aqui é preciso investir algum tempo e testar, algo que a grande massa do LinkedIn não faz, pois apenas replicam posts.

Outro ponto importante: invista tempo revisando o próprio perfil profissional. Nunca é demais lembrar que é crucial usar uma foto profissional, que o represente no dia a dia. Exemplo: não coloque uma foto de terno se hoje você não usa mais esse traje no trabalho. Explique em detalhe as suas experiências profissionais, sem usar terceira pessoa; coloque suas competências com olhar estratégico. Exemplo: é muito comum profissionais de alto escalão colocar como competência “Pacote Office”, algo que não agrega para um profissional nesse estágio da carreira. Por fim, utilize palavras-chave no perfil que o diferencie dos demais. Para ajudar, segue a lista das 10 palavras mais usadas no LinkedIn a serem evitadas no seu perfil:

  1. Especializado
  2. Líder
  3. Estratégico
  4. Focado
  5. Responsável
  6. Com experiência
  7. Inovador
  8. Apaixonado
  9. Criativo
  10. Excelente

Que tal começar a usar o LinkedIn de uma maneira mais estratégica? Lembre-se: na na web, você é aquilo que você produz e compartilha. Sair do clichê já vai fazer uma diferença imensa na maneira como as pessoas percebem o seu trabalho.