Arquivos mensais: fevereiro 2015

Compartilhe sua ideia

Uma situação cada vez mais comum no dia a dia das empresas é o profissional estar cansado da sua rotina dentro da corporação e ficar seduzido por uma ideia supostamente genial de algum empreendimento que pode tira-lo daquele marasmo corporativo. Na verdade não existe nenhum problema em ter ideias e muito menos pensar em implementá-la. A grande questão que fica é o que você faz com essa ideia.Compartilhe sua ideia_leandro ramos

Caso você tenha tido uma ideia brilhante, de um negócio totalmente inovador, o maior erro que você pode cometer é não compartilhar esse pensamento com as pessoas. Não tenha medo de alguém implementar essa ideia antes de você. O segredo de um negócio não está essencialmente na ideia e sim na maneira como ela é executada. No mundo dos negócios existe a máxima de que mais vale uma ideia medíocre bem implementada do que uma ideia genial mal executada.

As ideias cegam os empreendedores e normalmente não surgem exatamente pronta para ser colocada em prática. Portanto, quanto mais você compartilhar seu pensamento, mais chance você terá de ser questionado e lapidar para transformar essa ideia em negócio.

Uma vez decidido compartilhar sua ideia, resta saber com quem dividir. O primeiro passo é procurar pessoas de confiança, que possam agregar uma análise crítica aos seus planos empreendedores. Fuja de pessoas que concordam com tudo o que você pensa ou ainda dos pessimistas. O que você precisa nesse momento é de alguém com experiência. Caso pense falar com um colega da empresa, precisa ser alguém de confiança e vale deixar claro que trata-se ainda de uma ideia embrionária e que não significa que você está deixando o trabalho atual para executá-la.

Após colher diferentes feedbacks, uma análise interna precisa ser feita para descobrir se você não está apenas seduzido por uma boa ideia. Uma vez que o segredo de uma ideia está na sua implementação, é preciso avaliar se você está disposto a colocar a mão na massa. Além disso, é importante analisar ainda se você possui condições operacionais e financeiras para coloca-la em prática. Se você disse algum não para essas questões, talvez seja melhor você rever os planos de seguir em frente com essa ideia. Caso a resposta seja positiva, o próximo passo é você iniciar o processo de estruturação dessa ideia.

Brasileiros descobrem sites chineses

Já não é nenhuma novidade que o e-commerce brasileiro cresce a taxas espetaculares. Em 2014 o comércio eletrônico brasileiro movimentou R$ 35,8 bilhões e as projeções indicam que esse número vai ainda crescer bastante com novos consumidores aderindo à onda de comprar pela internet.

Um fato que chama atenção é que os brasileiros estão comprando mais em sites internacionais. Segundo a E-Bit, em dezembro de 2014 38% dos internautas haviam feito alguma compra em site estrangeiro, contra 33% em janeiro do mesmo ano.

Quando se analisa em quais sites estrangeiros os brasileiros estão direcionando suas compras, outro fenômeno interessante é notado. São os sites chineses que estão na preferência do consumidor digital brasileiro: 55% das compras internacionais em dezembro foram em sites chineses.

como-importar-da-china-5
Entre o início e o fim de 2014 o Aliexpress passou de terceiro para primeiro colocado dentre os sites estrangeiros mais visitados. Os tradicionais Amazon e E-Bay ficaram para trás. Mas se engana quem pensa que os clientes estão deixando de comprar em sites tradicionais para comprar dos chineses. O que ocorre é que o consumidor mudou o perfil de consumo nos sites chineses.

Nos sites chineses o brasileiro compra itens de baixo valor, como roupas, uma vez que parece existir o receio de não receber o produto. Enquanto isso, nos outros sites internacionais, a principal categoria adquirida ainda prevalece os eletrônicos. Mas a medida que o consumidor adquire confiança nos sites chineses, é bem possível que itens de maior valor entrem no carrinho do cliente brasileiro.

A grande preocupação que o internauta brasileiro deve ter é com relação à Receita. Muita gente compra produtos em sites estrangeiros para usufruir de uma suposta isenção fiscal para compras de até US$50. O que muita gente não sabe é que essa isenção é apenas para compras entre pessoas físicas. Se você comprar de um site estrangeiro, independente do valor, é obrigatório o pagamento de Imposto de Importação, de 60% do valor da compra, além de ICMS, que varia de estado para estado. A exceção é para livros, jornais, periódicos e alguns medicamentos.

Hoje muita gente não paga esse imposto pois a fiscalização ainda é precária, sobretudo com o aumento das remessas internacionais. Porém, a situação deve mudar muito em breve, pois Receita e Correios testam dois sistemas que em breve cruzarão dados e aumentarão o cerco contra a sonegação. Enquanto isso, os sites chineses provavelmente continuarão a ser um verdadeiro paraíso para os brasileiros.